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Loulé recebeu na semana passada a última conferência “Conversas da Sustentabilidade – Certificação como fator de diferenciação para Destinos de Excelência”, integrada nas atividades da rede Green Destinations, uma iniciativa promovida pela empresa Th1nk, em colaboração com o Município de Loulé, e que fez parte da programação da Semana do Município.

Com a presença de entidades que operam na área do turismo, em particular na região, do setor público e privado, este evento teve como objetivo a partilha e promoção de práticas turísticas responsáveis, alinhadas com as exigências globais de sustentabilidade.

Num concelho que tem a atividade turística «no coração da sua economia», o Município de Loulé frisa que tem
procurado aliar a sua Agenda para Sustentabilidade a este setor.

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«Hoje as pessoas que procuram o Algarve como destino turístico, em particular o nosso concelho, começam a dar importância às práticas de sustentabilidade que estão implementadas. O perfil dos turistas está a mudar, no sentido de darem preferência aos destinos que tenham esses cuidados ambientais», lembrou Vítor Aleixo.

Foi esta preocupação que permitiu a Loulé obter, no passado mês de Março, o certificado “Green Destination”, reconhecimento pelo seu empenho na implementação de políticas e ações que promovem um turismo equilibrado, sustentável e responsável.

Bart Hageman, coordenador do projeto, juntou-se a estas “Conversas” para falar sobre a rede que opera desde 2014, reconhecida pela Global Sustainable Tourism Council. Atualmente em Portugal são 21 destinos certificados, sendo que no Algarve, além de Loulé, só Lagos ostenta este selo.

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O primeiro painel da tarde foi moderado por Pedro Mendes, da empresa de consultoria Th1nk. Fátima Catarina, da Região de Turismo do Algarve, Pedro Soares, do Município de Braga, e José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, fizeram uma reflexão sobre os desafios e oportunidades dos destinos sustentáveis.

No caso da região algarvia, a desconcentração da procura ao longo de todo o território, a diversificação de mercados para além do “tradicional” mercado britânico e, naturalmente, o compromisso com a sustentabilidade, são alguns dos eixos estratégicos para a região, plasmados no próprio Plano de Marketing da RTA, como considerou Fátima Catarina.

Por seu turno, Pedro Soares falou da importância da metodologia de trabalho utilizada para certificar um “Green Destination”: «Obriga-nos a reunir com a equipa, dar espaço aos operadores, em suma, estamos a submetermo-nos a uma metodologia que nos obriga a fazer bem», destacou.

Já José Apolinário considerou que a dimensão alcançada pelo concelho de Loulé enquanto destino turístico de excelência deveu-se, em muito, à lógica de pensamento de sustentabilidade que está, por exemplo, na génese de Vilamoura.

Para o presidente da CCDR, a gestão da água ou dos biorresíduos são desafios que se colocam ao Algarve e que terão necessariamente impacto no turismo. «Os turistas estão cada vez mais interessados em cooperar nesta caminhada da sustentabilidade», frisou.

Na Quinta do Lago, local que nasceu de um sonho do empresário André Jordan, já existe projeto para aquela que é a segunda maior avenida do país. A Avenida André Jordan, no coração da Quinta do Lago, vai ter uma ecopista, um investimento da Infraquinta, apresentado nesta sessão pelo seu presidente, Pedro Pimpão.

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Esta será uma via partilhada, que apostará na mobilidade ciclável e pedonal atenuando a circulação automóvel, que contemplará, entre outras ações, a substituição da iluminação.

O segundo painel do dia, moderado por Ana Salazar, da KS Consulting, foi dedicado ao papel dos agentes turísticos na promoção do turismo sustentável. Graciana Vieira, da Escola de Hotelaria e Turismo de Faro, trouxe algumas boas práticas levadas a cabo por esta instituição de ensino que vão ao encontro de uma estratégia de turismo sustentável, promovendo por exemplo o que é local.

Célia Meira, diretora de Marketing e Comunicação da Ombria Resort, falou dos valores ambientais por detrás deste empreendimento localizado no barrocal algarvio, em harmonia com a natureza, e que encontram na tradição e na própria comunidade local um legado.

«O turista que nos chega é cada vez mais exigente ao nível da sustentabilidade e mantém um envolvimento cada vez maior com os locais», notou Susana Mesquita, especialista em planeamento de produtos turísticos, outra das oradoras deste painel.

A título de conclusão destas “Conversas”, o vice-presidente da Câmara de Loulé, David Pimentel, reforçou o facto da sustentabilidade ser uma matéria permanente no trabalho diário deste Município e que está “entranhada na estrutura técnica da Câmara.

Quanto aos próximos passos na área da sustentabilidade, este responsável disse que o objetivo é ter «uma certificação completa naquilo que é o patamar de exigência máxima».

Por outro lado, é importante «reforçar as parcerias», seja com os agentes locais, entidades regionais e nacionais ou com todos os cidadãos.

«Sem sustentabilidade, os outros pilares daquilo que é a promoção do destino turístico não estão consolidados, não são verdadeiramente diferenciadores. A sustentabilidade é uma responsabilidade, mas mais do que isso é uma enorme oportunidade», disse ainda David Pimentel.

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