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Vizinhos da fábrica de cortiça de Silves contentes com o seu fecho, apesar de inesperado

 O porta-voz dos moradores na proximidade da fábrica da cortiça do Grupo Amorim, em Silves, disse hoje que a decisão da empresa de encerrar a unidade não era expectável, mas “abona a favor” dos residentes.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do movimento cívico Vizinhos da Fábrica, Nuno Neves, referiu que os moradores “ficaram satisfeitos ao saberem que vai terminar o desconforto ambiental provocado pelos fumos e ruídos” decorrentes da laboração da fábrica.

“Embora nunca tivéssemos pedido o encerramento da fábrica, recebemos a notícia com agrado, porque é uma decisão que abona a nosso favor”, realçou.

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A Corticeira Amorim anunciou, na quarta-feira, que vai transferir, a partir de 9 de junho, a unidade de produção de cortiça expandida localizada em Silves para Vendas Novas, para assegurar uma maior competitividade do negócio.

A emissão de fumos e o ruído da fábrica, dedicada à produção de aglomerados de isolamento de cortiça e instalada no Vale da Lama, em Silves, tem motivado, há vários anos, queixas das pessoas que moram nas proximidades.

Numa informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo empresarial refere que a decisão foi tomada “após uma avaliação das capacidades produtivas existentes em várias unidades industriais da Amorim Cork Solutions”.

Fonte da Corticeira Amorim adiantou à Lusa que irá propor a “possibilidade de transferência dos 31 colaboradores atualmente em Silves para Vendas Novas”.

Contudo, reconheceu que “esta solução poderá não ser viável para todos”, pelo que “está disponível para negociar condições justas de indemnização com os trabalhadores” que optem por não o fazer.

Esta transferência acontece no âmbito dos “importantes investimentos em novas tecnologias” que a Corticeira Amorim diz estar a fazer “com vista ao relançamento do negócio de cortiça expandida”, que no início deste ano foi integrado na nova unidade de negócio Amorim Cork Solutions.

De acordo com o porta-voz do movimento cívico, o Grupo Amorim “fez bem em deixar claro” que o fim da laboração da fábrica em nada teve que ver com as reivindicações dos moradores, “para que não fosse criado alarme social com os trabalhadores”.

“Acabamos por tirar partido de uma situação do foro privado da empresa, que tem a ver apenas com a sua gestão de operacionalização”, concluiu.

O município de Silves tem servido de mediador entre a corticeira, residentes, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve e o grupo hoteleiro Pestana, com um campo de golfe na zona que também é afetado pelo fumo.

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