O projeto “Radar Social” está a ser implementado em Alcoutim desde Março, com o objetivo de «reforçar a capacidade de deteção e resposta a situações de pobreza, exclusão e vulnerabilidade social no território», anunciou a Câmara de Alcoutim.
Este projeto-piloto de âmbito nacional, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), contempla a criação de equipas técnicas multidisciplinares em todo o país, em articulação com os Conselhos Locais de Ação Social (CLAS) das autarquias.
«Para o concelho de Alcoutim, com uma população residente inferior a 25.000 habitantes, foi aprovada uma equipa composta por dois técnicos superiores, com um financiamento total de 169 mil euros, para um período de execução de até 27 meses», revelou a autarquia.
O Radar Social de Alcoutim já concluiu a primeira fase do projeto, «dedicada à atualização dos instrumentos de planeamento estratégico da Rede Social do concelho. Foram revistos e aprovados o novo Diagnóstico Social, o Plano de Desenvolvimento Social 2024-2026 e o Plano de Ação de 2024, tendo também sido já aprovado o Plano de Ação para 2025 em sede do CLAS de Alcoutim».
A segunda fase, em curso até Março de 2026, «contempla a implementação de um sistema integrado de georreferenciação social, permitindo a identificação precisa de pessoas, famílias e grupos em situação de risco, bem como a localização dos recursos e respostas sociais disponíveis no território».
Este sistema «permitirá otimizar os meios existentes e garantir maior eficácia na intervenção social local. O projeto Radar Social procura estabelecer proximidade com as comunidades, facilitar a identificação precoce de situações críticas e assegurar o seu encaminhamento célere para os serviços sociais adequados, promovendo a inclusão e o bem-estar da população».
Para Paulo Paulino, presidente da Câmara de Alcoutim, a adesão do Município a este projeto «reforça a nossa aposta num território socialmente coeso e inclusivo, onde ninguém fica para trás. Com esta nova equipa, damos mais um passo na deteção e combate a situações de vulnerabilidade, em estreita cooperação com a rede local de parceiros sociais».