O Museu Municipal de Lagos lançou na sexta-feira a plataforma Museu de Lagos Digital, onde já é possível aceder a 849 registos relacionados com o património cultural do Museu de Lagos.
Esta plataforma «permite a qualquer utilizador da internet, em qualquer parte do mundo, a qualquer hora, aceder, de forma gratuita e num único ponto de acesso à informação sobre o património cultural do Museu de Lagos, quer se trate de uma peça, de um documento de arquivo, ou de um exemplar da biblioteca do seu Centro de Documentação», segundo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
Neste momento, ainda decorre o carregamento de dados na plataforma, mas já é possível aos utilizadores «pesquisarem, selecionarem, relacionarem, partilharem e dirigirem-se ao Museu, quer com pedidos específicos, quer com conteúdos que pertençam ao seu domínio de conhecimento».
Na sexta-feira, a apresentação desta plataforma foi feita por Elena Morán, diretora do Museu de Lagos, e pelas técnicas Catarina Alves e Patrícia de Jesus Palma, «que resumiram um trabalho contínuo de inventário e de investigação, realizado pela equipa do Museu e por colaboradores externos ao longo dos anos, materializando o desejo do seu fundador: “O Museu é de todos e para todos”».
O projeto de remodelação, modernização, dinamização e digitalização do Museu Municipal Dr. José Formosinho custou cerca de 4,4 milhões de euros, 3 milhões dos quais foram garantidos por Fundos Europeus geridos na região, através do Programa Operacional Regional CRESC ALGARVE 2020.
Em 2022, este equipamento recebeu uma menção honrosa na categoria de “Museu do Ano” dos prémios da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e, no ano seguinte, foi nomeado para Museu Europeu do Ano 2023 (EMYA).
«A digitalização de museus responde à Recomendação da Comissão Europeia para acelerar a digitalização dos bens do património cultural, de 9 de março de 2021, bem como às conclusões do Conselho de Ministros da União Europeia (Educação, Juventude, Cultura e Desporto) sobre Cultura e Desporto, de 26 novembro 2024 que recomenda a melhoria do acesso à cultura. No Algarve, esta temática é estruturante para o complemento da atividade turística, que detém importância estratégica na economia regional, funcionando como mobilizador para a atração de novos públicos para a Região, prevendo-se um aumento do número de visitantes de 5.000 visitantes/ano», concluiu a CCDR.