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O Presidente da República lembrou ontem o contributo fundamental dos imigrantes para a economia portuguesa e argumentou que o anúncio de que 4.574 cidadãos estrangeiros vão ser notificados para sair do país não significa que «desapareça a imigração».

Atendendo ao total de imigrantes em Portugal, que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, disse rondar 1,5 ou 1,6 milhões de pessoas, o seu contributo para a economia «é fundamental, praticamente em todos os setores».

«Mas vai desde a construção civil até à agricultura, vai ao turismo», afirmou aos jornalistas, durante uma visita de surpresa à feira agropecuária Ovibeja, que está a decorrer em Beja.

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Por isso, o Presidente da República alertou que «há erros que não se podem cometer» e é preciso ver, além dos cerca de 4.500 que o Governo já referiu que vão começar a ser notificados para abandonarem voluntariamente o país, qual «o número total daqueles que, na regularização, como consequência da nova lei, são forçados a sair».

«Se são 4.000 em 1,5 milhões ou em 1,6 milhões, se são 5.000, se são 10.000», afirmou, referindo, contudo, que mesmo que sejam «100, 10, 20, 30, 50, 100, 4 .500, é sempre penoso para os próprios».

Mas tal «não pode ser apresentado como significando: importa que desapareça a imigração de Portugal». Isto é um colapso na economia e na sociedade portuguesa, pura e simplesmente, porque estamos a falar de um milhão e tal [de pessoas] e que aguentam vários setores da economia», alertou, frisando que «essa generalização não faz sentido».

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, confirmou hoje que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias.

Marcelo Rebelo de Sousa disse também que uma «grande lição» que se deve retirar desta situação é a de que «não se deve estar, como se esteve, três anos sem tratar desta matéria».

«Quer dizer, houve três anos em que foi extinto um determinado serviço. Demorou tempo a substituir por seis ou sete serviços e ficaram dependuradas, sem definição, 200 ou 300 mil pessoas», criticou.

Nesta deslocação espontânea do Presidente da República à Ovibeja, da qual costuma ser visitante oficial todos os anos, mas que preferiu, desta vez, visitar sem aviso prévio à organização ou a jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que não se sabe ainda bem o número de imigrantes que vão ser notificados para abandonar o país.

Durante três anos «não houve regularização praticamente nenhuma. Ficaram 300 ou 400 mil em atraso, pendentes, e agora os números que se dizem é que há 4.500 que sairiam e há mais uns 80 mil, 60 mil, 50 mil não percebi bem, que estão em exame», afirmou.

«Estamos em qualquer caso longe do número global de 1,6 milhões, o que significa que se regularizou muito rapidamente uma parte significativa ou que a ideia é regularizar rapidamente, porque falava-se em 300 ou 400 mil de regularização. Vamos ver», acrescentou.

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