Palestras, observação de golfinhos e de algas, workshops, mergulho, gastronomia. A terceira edição do “Festival das Florestas Marinhas” decorre de 21 a 28 de Maio, no Porto da Baleeira, em Sagres.
Conjugando ciência, conservação e educação para divulgar a importância da biodiversidade das Florestas Marinhas, este festival pretende envolver ainda mais a comunidade da região e os estudantes, dando-lhes a conhecer a diversidade marinha de Sagres, nomeadamente as algas e os corais da região, e reforçar a importância geral destes seres vivos nos sistemas marinhos e na sua conservação.
Alexandra Teodósio, vice-reitora da UAlg para a Internacionalização e Desenvolvimento Sustentável e investigadora, considera que «a participação neste Festival de ciência cidadã é uma oportunidade para os estudantes da UAlg, guiados pelos investigadores e docentes da UAlg e do CCMAR, mergulharem literalmente nas florestas marinhas, um ecossistema único na zona costeira de Sagres».
Segundo a investigadora, o festival será também uma forma de contactar com um ensino baseado na metodologia problem based learning, aplicado às ciências do mar, em contexto real, e uma profunda aprendizagem proporcionada pelo saber das comunidades da região.
Para Rute Silva, presidente da Câmara de Vila do Bispo, «a realização da 3ª edição do Festival das Festival Florestas Marinhas, no Porto da Baleeira, que dá a conhecer a diversidade marinha de Sagres, vem reforçar a importância dos projetos apoiados pelo Município na área da Biodiversidade, terrestre e marinha, e, simultaneamente, sensibilizar a população em geral para a importância da investigação e conservação das nossas florestas marinhas, um ecossistema único existente na costa de Sagres».
As florestas marinhas, tal como as terrestres, têm um papel crucial na produção primária do alimento e contribuem de forma natural para o combate às alterações climáticas, pelo enorme potencial de absorção de CO2.
«As florestas submersas são pouco acessíveis e muitas vezes desconhecidas pelos cidadãos, mas como só se ama e se protege o que se conhece, estas atividades de descoberta das diferentes componentes do meio marinho, contribuem ativamente para a sustentabilidade das ações de conservação destas áreas pela sociedade», conclui Alexandra Teodósio.
Do vasto programa deste Festival, um dos destaques é a exposição “OceanArt: Science to Art”, que estará patente no Forte do Beliche, em Sagres, até ao próximo dia 15 de junho.
A exposição junta treze cientistas e artistas, que apresentam mais de trinta obras de pintura, escultura e fotografia relacionadas com o Oceano, de forma a aumentar a consciência sobre os problemas que este enfrenta, a fim de se conseguir a mobilização dos cidadãos para a sua proteção e restauração.
Este evento, organizado pela Universidade do Algarve, pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, pelo Centro de Ciências do Mar, e integrado no programa PRR impulsos Jovem e Adulto FOSTEAM@SOUTH, conta ainda com o apoio da Junta de Freguesia de Sagres, da Docapesca, da Casco Antiguo, da Iberagar e da biodiversa+.
Algumas atividades carecem de inscrição e o programa pode ser consultado aqui