Os enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve voltam à greve esta quinta e sexta-feira, dias 8 e 9 de Maio, depois de já terem paralisado na passada sexta-feira, 2 de Maio.
No dia 8 de Maio, a greve abrange os turnos da manhã e tarde, enquanto a 9 de Maio contempla os turnos da noite, manhã e tarde.
O primeiro de três dias de greve marcados para Maio pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que se cumpriu no dia 2, teve uma adesão a rondar os 70% nos hospitais e de cerca de 60% nos centros de saúde do Algarve.
Os enfermeiros algarvios querem o «pagamento dos retroativos desde 2018», a «atribuição de “Bom” a todos os enfermeiros» e o «pagamento dos feriados e dos dias de descanso semanal trabalhados a 200%».
«As instituições de saúde algarvias continuam, todos os dias, a ficarem depauperadas de enfermeiros, resultado dos pedidos de exoneração. Enquanto isto acontece, o Conselho de Administração nada faz», assinala o SEP, em nota enviada à comunicação social esta terça-feira.
Segundo a estrutura sindical, «há meses que não são admitidos enfermeiros» e os atrasos na operacionalização da bolsa de recrutamento – início das entrevistas aos enfermeiros, de acordo com a lista de classificação final – é, «no atual contexto de grave carência, ainda mais inaceitável».
«Desde 1 de maio que estão em vigor os planos de contingência do Verão. No Algarve, questiona-se como será a sua implementação sem os recursos humanos necessários, nomeadamente, sem enfermeiros. Se a contratação é um problema, era determinante que se apostasse na retenção dos profissionais», reforça o SEP.
O sindicato sublinha que valorizar os enfermeiros «é urgente» e reclama várias medidas, «desde logo o pagamento do que lhes é devido, como por exemplo, os retroativos desde 2018».
«É inaceitável que o Governo tenha decidido contabilizar todo o tempo de serviço aos professores e, relativamente aos enfermeiros mantenha uma discriminação tendo por base o vínculo contratual», finaliza a estrutura sindical.