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Corticeira Amorim fecha fábrica de Silves e transfere produção para Vendas Novas

A Corticeira Amorim vai transferir, em junho, a unidade de produção de cortiça expandida localizada em Silves para Vendas Novas, para assegurar uma “maior competitividade” do negócio, anunciou hoje a empresa.

“Após uma avaliação das capacidades produtivas existentes em várias unidades industriais da Amorim Cork Solutions, foi decidida a transferência, a partir de 09 de junho, da unidade industrial de Silves para a unidade industrial de Venda Novas (que também produz produtos de isolamento)”, lê-se numa informação enviada hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Contactada pela agência Lusa, fonte da Corticeira Amorim adiantou que irá propor a “possibilidade de transferência dos 31 colaboradores atualmente em Silves para Vendas Novas”, mas reconheceu que “esta solução poderá não ser viável para todos”, pelo que “está disponível para negociar condições justas de indemnização com os trabalhadores” que optem por não o fazer.

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Segundo salientou, a centralização da operação em Vendas Novas “beneficiará da maior proximidade da produção às matérias-primas utilizadas e da concentração dos investimentos necessários à obtenção de maior produtividade e competitividade no relançamento do negócio de cortiça expandida”.

No documento enviado ao mercado, a corticeira refere que “a decisão baseou-se unicamente na eficiência operacional, considerando exclusivamente questões de mercado, capacidade instalada versus dimensão do mercado e a localização do montado de sobro”.

Indica ainda que a transferência acontece no âmbito de “importantes investimentos em novas tecnologias” em curso “com vista ao relançamento do negócio de cortiça expandida”, que, no início deste ano, foi integrado na nova unidade de negócio Amorim Cork Solutions.

Esta nova unidade de negócio foi criada para incorporar as atividades de pavimentos e isolamentos da empresa, concentrando as atividades da Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation, de forma a assegurar “uma gestão mais integrada das operações e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte, fortalecendo o negócio ‘não rolha’”.

No comunicado hoje divulgado, o presidente e presidente executivo (CEO) da Corticeira Amorim afirma que a criação da Amorim Cork Solutions “marca uma nova etapa na história da empresa”.

António Rios de Amorim considera que a “melhoria significativa da rentabilidade desta unidade de negócio, já no final de março, evidencia os efeitos de uma gestão mais eficiente das operações e de otimização de ativos existentes, bem como das sinergias decorrentes da partilha de meios e recursos”.

O lucro da Corticeira Amorim aumentou 2,1%, para 16,4 milhões de euros, no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2024, tendo as vendas recuado 2,2% para 229,4 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.

Num comunicado enviado à CMVM, a corticeira refere que, excluindo o efeito de alteração do perímetro de consolidação decorrente da venda da participação na Timberman Denmark, as vendas teriam subido 1,3%.

Sul Informação
Corticeira Amorim, em Silves – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação (arquivo)
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