A conferência “Teixeira Gomes – Arte e Diplomacia séc. XX-XXI”, marcada para o dia 27 de Maio, às 18h30, vai assinalar o 165º aniversário de nascimento do ex-Presidente da República e escritor e contará com a participação de Francisco Seixas da Costa e Luís Filipe Castro Mendes como oradores convidados.
A iniciativa realiza-se na Casa Manuel Teixeira Gomes e dará a conhecer o passado e o presente em duas áreas distintas: a diplomacia e as artes.
O tema central será Manuel Teixeira Gomes, profundo conhecedor das artes e com intensa atividade diplomática, sobretudo em períodos marcantes da história.
As consequências dramáticas da ascensão dos fascismos vão ser também abordadas nesta conferência que enaltece o percurso do ex-governante portimonense.

Francisco Seixas da Costa nasceu em Vila Real, em 1948, Licenciou-se em Ciências Sociais e Políticas no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. Em 1975, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e, mais tarde, esteve nas embaixadas em Oslo (Noruega), Luanda (Angola) e Londres (Inglaterra).
Entre 1995 e 2001, durante os governos de António Guterres, foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus.
De 2001 a 2013 foi, sucessivamente, embaixador nas Nações Unidas, na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), no Brasil, na França e, cumulativamente, junto da UNESCO, aposentando-se do serviço público nesse ano.
Além destas funções, foi diretor-executivo do Centro Norte-Sul, do Conselho da Europa, lecionou no Ensino Superior, manteve colunas na imprensa e foi comentador convidado na televisão em relação a temas internacionais.
Publicou também vários livros, dos quais se destaca o mais recente intitulado “Antes que me esqueça”. É consultor de diversas entidades, presidente do “Clube de Lisboa/Global Challenges”, autor do podcast “A Arte da Guerra” e assina o blog “Duas
ou Três Coisas”.

Por sua vez, Luís Filipe Castro Mendes, nascido em 1950, diplomata de carreira, é um poeta e ficcionista português. Foi colaborador do “Diário de Lisboa-Juvenil”, tendo-se licenciado, mais tarde, em Direito pela Universidade de Lisboa.
Começou a sua atividade política militante antes do 25 de Abril e, dois anos mais tarde, após a Revolução da Liberdade, iniciou a sua carreira diplomática.
Foi cônsul-geral no Rio de Janeiro (Brasil), embaixador de Portugal em Budapeste (Hungria), Nova Deli (Índia), UNESCO-Paris e junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo, assumindo as funções de Ministro da Cultura, entre 2016 e 2018.
Enquanto autor, publicou o seu primeiro livro, “Recados”, em 1983, seguindo-se “Areias Escuras” (1984), “Seis Elegias e Outros Poemas” (1985), “A Ilha dos Mortos” (1991), “O Jogo de Fazer Versos” (1994). Entre as suas publicações destacam-se ainda “Os Dias Inventados” (2001), “Lendas da Índia” (2011), “A Misericórdia dos Mercados” (2014), “Voltar” (2021) e “As Manhãs que não conheces” (2025).
Conta ainda com poesia publicada no Brasil e obras traduzidas em alemão e francês.
Foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia Teixeira de Pascoaes, em 2021, pelo conjunto da sua obra, distinção a que se juntam os prémios de poesia do Pen Clube, D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus, e António Quadros, da Fundação António Quadros, recebidos anteriormente.