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O Baixo Alentejo venceu a organização da Cidade Europeia do Vinho 2026, numa decisão tomada esta sexta-feira, 23 de Maio, na Assembleia-Geral extraordinária da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) realizada em Alandroal. A candidatura “Algarve Golden Terroir”, que juntava os municípios de Albufeira, Lagos, Lagoa, Monchique, Portimão e São Brás de Alportel, foi derrotada.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da AMPV José Arruda explicou que a candidatura que envolve 13 municípios do Baixo Alentejo ganhou o título, face aos outros dois projetos concorrentes: o algarvio e outro com oito municípios de três ilhas dos Açores.

«As três candidaturas apresentaram os respetivos projetos, na assembleia-geral da AMPV realizada ao final da tarde, e, a seguir, os 73 municípios associados presentes votaram através de voto secreto», disse.

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No final, continuou, «o Baixo Alentejo ganhou com 43 votos e, a seguir, ficou o Algarve, seguido dos Açores».

De acordo com José Arruda, o projeto do Baixo Alentejo Cidade Europeia do Vinho 2026, que prevê «uma série de ações e propostas a desenvolver no próximo ano», vai já começar a mexer.

«No próximo dia 18 de Junho, vai ser feita uma apresentação do projeto no Parlamento Europeu, aos vários eurodeputados», em Estrasburgo, França, revelou.

O projeto do Baixo Alentejo Cidade Europeia do Vinho 2026 é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), em parceria com a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

No total, abrange 13 dos 14 municípios do distrito de Beja, ou seja, chega a todos os associados da CIMBAL, ficando apenas de fora o concelho de Odemira, que, apesar de integrar o mesmo distrito, faz parte da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral.

A 22 de Abril, em declarações à Lusa, José Manuel Santos, presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, considerou que o dossiê de candidatura era «forte e consistente».

E explicou que um dos objetivos da candidatura, que propõe «mais de 20 atividades, três delas com impacto mundial», passa por «contribuir para o aumento da internacionalização da região».

As iniciativas do projeto vão procurar que «todo o universo ligado ao vinho, à cultura, ao património e à identidade do Baixo Alentejo possa ser mais conhecido nos mercados internacionais», salientou.

Assinalando a qualidade e a história do vinho produzido nesta região, José Manuel Santos lembrou que o Baixo Alentejo «produz vinhos há mais de dois mil anos» e aludiu à «herança milenar do vinho de talha».

«Esta realidade vitivinícola é claramente distintiva e acaba por colocar automaticamente a candidatura num patamar de projeção», assumiu, na altura.

Também em declarações à Lusa, nesse mesmo dia, o presidente da CIMBAL António Bota frisou que a região do Baixo Alentejo é a que «apresenta melhores e mais variedade de vinhos para o novo consumidor, com as novas regras de consumo».

«Enquanto se bebia muito vinho há uns anos atrás, hoje bebemos menos e de maior qualidade e o Alentejo tem essa panóplia de oferta e o mercado turístico envolvente dos vinhos é muito significativo no Baixo Alentejo», sublinhou.

António Bota, que também é presidente da Câmara de Almodôvar, destacou a existência de empresas que se dedicam ao enoturismo, com programas diversificados, e quase 200 unidades de turismo rurais, que também aliam o vinho a outras iniciativas.

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