«Rancho Folclórico do Calvário: 60 anos de História, Cultura e Tradição» é o tema daconferência marcada para dia 15 de maio, às 18h30, no Salão Nobre da União das Freguesias de Estômbar e Parchal, em Estômbar.
Em 2024, o Rancho Folclórico do Calvário assinalou o seu 60.º aniversário, celebrando seis décadas de preservação e transmissão das tradições populares do Algarve e, por extensão, da cultura portuguesa.
Fundado na sequência de uma “cegada” carnavalesca e com o apoio da autarquia lagoense, então presidida por Luís António dos Santos, o grupo realizou a primeira atuação a 18 de abril de 1964, no Salão de Festas da Sociedade Irmãos Unidos, na Mexilhoeira da Carregação.
Desde a criação, o Rancho do Calvário participou em inúmeros festivais nacionais e internacionais, representando Portugal em vários países e consolidando-se como um verdadeiro embaixador cultural.
Em 1993, obteve o estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Pública, em reconhecimento dos seus contributos para a salvaguarda do património cultural imaterial.
No dia 15 de maio, pelas 18h30, no Salão Nobre da União de Freguesias de Estômbar e Parchal, serão dados a conhecer os principais resultados do projeto de investigação histórica realizado no âmbito das comemorações da efeméride.
O estudo, a cargo da mestre em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural Liliana Caldeira (FCSH-UNL), teve por base a recolha, análise e interpretação de fontes documentais e iconográficas produzidas ou reunidas pelo Rancho, artigos da imprensa local e regional, e testemunhos em entrevistas a antigos e atuais membros da coletividade, lança uma nova luz sobre as continuidades e transformações vividas pelo Rancho do Calvário ao longo da sua existência.
O evento integra as comemorações do Dia Internacional dos Museus, assinalado anualmente a 18 de maio, e que em 2025 decorre sob o tema “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”.
O tema destaca o papel dos museus como agentes ativos de mudança, capazes de se adaptar às transformações sociais, tecnológicas e ambientais que moldam as comunidades contemporâneas, designadamente na valorização do património cultural imaterial, entendido como fonte dinâmica de inspiração e testemunho vivo de uma herança cultural coletiva, no passado, no presente e no futuro.
A entrada é livre, estando sujeita à lotação da sala.