O Radar Social Lagos, projeto apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ultrapassou a fase preparatória e já está em atividade e atento às situações de vulnerabilidade sinalizadas no concelho.
Foi lançado um questionário dirigido à população residente com mais de 65 anos não institucionalizado, com o objetivo de fazer «um diagnóstico aprofundado e atualizado sobre as necessidades específicas deste grupo etário», informou a Câmara de Lagos.
Com base na análise dos dados recolhidos, será proposto o eventual ajustamento das respostas já existentes ou novas medidas a implementar nas mais variadas áreas que contribuem para o seu bem-estar.
Para garantir o maior número de participações neste inquérito, que está a decorrer até ao final do mês de Maio, o município conta, também, com a colaboração das entidades parceiras cujo contacto com esta população é mais regular.
Por outro lado, está a ser preparado um segundo inquérito a realizar este ano, visando diagnosticar a situação da população migrante a residir no concelho de Lagos e identificar oportunidades para melhorar a sua integração na comunidade local.
Outra das vertentes passa pelo apoio ao Núcleo Local da Garantia para a Infância (NLGPI), com um grupo de trabalho formado no âmbito do Conselho Local de Ação Social que envolve os diferentes atores sociais e tem como missão garantir o acesso de todas as crianças e jovens, em situação de maior vulnerabilidade, a um conjunto de serviços essenciais, contribuindo para a erradicação da pobreza infantil.
O Radar Social é um projeto de intervenção social da Nova Geração de Equipamentos e Respostas Sociais do PRR, a que o município de Lagos se candidatou, obtendo o enquadramento técnico e financeiro necessário à sua implementação no concelho.

«O que o diferencia de outros projetos é a georreferenciação e vigilância das situações sociais vulneráveis, assim como o envolvimento da comunidade», vinca a autarquia.
O modelo foi testado em Lisboa, abrangendo a população idosa em situação de isolamento, mas o seu alargamento à totalidade do território nacional pretende ir mais longe, abrangendo qualquer pessoa em risco.
«Toda a abordagem assenta no princípio do envolvimento da comunidade, apelando à responsabilidade social das entidades e dos cidadãos, no sentido de não ficarem indiferentes a situações de vulnerabilidade suscetíveis de configurarem casos de exclusão social, sinalizando-as junto da equipa que corporiza o Radar Social em Lagos», salienta a autarquia algarvia.
O projeto arrancou com as fases preparatórias que envolveram a constituição de uma equipa técnica dedicada, ações de planeamento, apetrechamento, formação e envolvimento das entidades parceiras.
Este mês, arranca uma campanha de comunicação em vários meios, de forma a chamar a atenção da comunidade para a importância do seu envolvimento no projeto e enquadrar o trabalho da equipa Radar Social Lagos, nesta fase de contacto mais direto com as pessoas no terreno.