O Plano Municipal de Ação Climática de Olhão (PMAC-O), que tem como horizonte temporal o ano de 2050 e inclui 17 medidas e 85 ações prioritárias, está em consulta pública até ao dia 16 de Maio.
Com este documento, elaborado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU), o município olhanense pretende transformar Olhão «num território resiliente e neutro em carbono, promovendo inovação, sustentabilidade e equidade social».
O PMAC-O inclui 17 medidas e 85 ações prioritárias para proteger Olhão das alterações climáticas, reduzindo os riscos de cheias, ondas de calor e secas. Propõe mais espaços verdes, melhor gestão da água, proteção da costa e edifícios adaptados ao calor.
Quanto à neutralidade carbónica, aponta 12 medidas e 80 ações prioritárias, para reduzir as emissões e aumentar a sustentabilidade.
«O momento que vivemos em termos climáticos passou a ser o tempo de atuar; as alterações climáticas são aqui e agora», referiu o vice-presidente do município de Olhão, Ricardo Calé, na apresentação do documento.
Segundo o PMAC-O, até ao final do século o clima de Olhão será mais quente e mais seco. As temperaturas médias nos meses de verão podem aumentar até 5ºC, tornando os dias de calor extremo mais frequentes, e as noites tropicais também serão mais comuns, dificultando o arrefecimento noturno.
O autor do PMAC-O, Sérgio Barroso, garante que «este é um dos planos mais completos a nível nacional e, como tal, extremamente ambicioso».
De acordo com o autor do documento, o nível do mar poderá subir até meio metro, ameaçando as ilhas-barreira e as zonas costeiras e aumentando a erosão das praias.
«A seca será mais intensa, comprometendo o abastecimento de água em Pechão e Moncarapacho, onde os recursos hídricos estão mais vulneráveis», reforça.
O PMAC-O, que agora está em consulta pública, está disponível para consulta presencial no município de Olhão (Balcão Único) ou através deste link.