A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) divulgou ontem, 16 de Abril, os resultados do seu mais recente inquérito “Balanço Carnaval & Perspetivas Páscoa 2025”, apontando para uma «Páscoa com boas expectativas», com destaque para os destinos Algarve, Madeira e Lisboa, tanto durante as férias escolares, 7 a 21 de Abril, como no fim de semana, de 18 a 21.
De acordo com os dados recolhidos junto de 307 empreendimentos turísticos associados da AHP, a taxa de ocupação nacional prevista, para as férias escolares neste período, ronda os 73%. O preço médio nacional (ARR) poderá fixar-se, de acordo com as reservas pendentes até 13/Abril, data de fecho do inquérito, nos 152 euros.
Quanto às perspetivas para o fim de semana da Páscoa, regista-se ocupação média prevista também de 73%. As reservas on the books estavam, na data referida, nos 64%, sendo que o ARR era de 161 euros (9 euros superior ao ARR previsto para o período das férias).
A análise por regiões confirma a Madeira como o destino mais procurado, com 83% de taxa de ocupação prevista, seguindo-se a Grande Lisboa, com 78%, e, em terceiro, o Algarve, com 72% de reservas.
Outras regiões, como o Norte (71%) e Açores (70%), apresentam igualmente boas perspetivas de ocupação, embora com valores médios mais moderados.
Já o Centro (56%) e o Alentejo (61%), apesar de registarem crescimentos em reservas, apresentam níveis de ocupação abaixo da média nacional.
De acordo com a AHP, em todo o território nacional, no período das férias escolares, o mercado nacional continua a integrar o TOP 3 dos mercados emissores, apontado por 77% dos inquiridos, tal como o Reino Unido, para 51%, e os EUA, apontado por 44%. Em algumas regiões, destaque para os EUA, apontado por 69%, dos inquiridos em Lisboa, e para o Reino Unido, apontado por 98% dos inquiridos do Algarve e 91% da Madeira.
Já quanto ao fim de semana da Páscoa, mantém-se Portugal com a mesma percentagem de respondentes, subindo Espanha, mencionada por 47%, praticamente ex aequo com o Reino Unido. Os EUA e a Alemanha mantêm-se como mercados internacionais relevantes, com presença significativa em várias regiões do país.
O estudo revela ainda que os principais canais de reserva continuam a ser o Booking (95%), seguido pelos websites próprios dos hotéis (90%) e pela Expedia (38%).
Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, destaca que «a Páscoa é, tradicionalmente, uma época importante para a hotelaria nacional e os dados que recolhemos reforçam, mais uma vez, essa tendência».
«Registámos um crescimento sustentado nas reservas, um aumento moderado nos preços e uma variação no peso relativo dos mercados emissores, com destaque para o crescimento do peso do Reino Unido e dos Estados Unidos, e uma menor quota comparada de França», continua.
A Cristina Siza Vieira destaca ainda que «importa sublinhar o peso crescente das reservas de última hora, que têm vindo a ganhar expressão nos últimos anos. É por isso expectável que, em algumas regiões e hotéis, a taxa de ocupação venha a aproximar-se dos 100% à medida que nos aproximamos do fim de semana pascal».
Em relação ao período de Carnaval, de 28 de Fevereiro a 4 de Março, os principais mercados foram Portugal, Espanha e EUA. Em algumas regiões, como o Algarve e a Madeira, mercados como Alemanha e Reino Unido também se destacaram.
A Taxa de Ocupação (TO), no cômputo nacional, foi de 65%, com as regiões da Madeira (80%), da Península de Setúbal (69%) e da Grande Lisboa (68%), a puxar a média para cima. A região com TO mais baixa foram os Açores.
O Preço Médio por Quarto Ocupado (ARR) foi de 122 euros, e foi na Grande Lisboa que se verificou o valor mais elevado, 161 euros. Na Madeira e no Norte os valores foram de 134 euros e 130 euros, respetivamente. Já o RevPAR, que ficou nos 80 euros a nível nacional, foi mais elevado na Grande Lisboa e na Madeira, atingindo os 110 euros e os 107 euros, respetivamente.
«A maioria dos inquiridos assinalou melhorias nos principais indicadores – taxa de ocupação, preço médio por quarto (ARR) e receita por quarto disponível (RevPAR) – quando comparados com o mesmo período de 2024», salienta a AHP.