Os autarcas de Faro, Huelva e Sevilha voltaram a unir-se para o avanço da alta velocidade entre o Algarve e a Andaluzia e acordaram viajar até Bruxelas para «tentar antecipar os prazos de construção desta linha ferroviária internacional».
Rogério Bacalhau (Faro), Pilar Miranda (Huelva) e José Luis Sanz (Sevilha) encontraram-se esta segunda-feira, 7 de Abril, em Sevilha.
No âmbito da 35ª Cimeira-Luso Espanhola, realizada em Faro em Outubro do ano passado, os governos de ambos os países salientaram a importância da realização de estudos rigorosos dos fluxos de mobilidade e de análises de custo-benefício como condição fundamental para o avanço deste projeto.
Os autarcas das três cidades reconhecem estes estudos como essenciais para determinar a viabilidade económica, ambiental e social da conexão ferroviária de alta velocidade e planear a integra eficiente com as redes ferroviárias nacionais e a rede transeuropeia de transportes, mas apelam às autoridades nacionais e comunitárias que reconheçam este projeto como uma prioridade europeia a avançar desde já, mobilizando recursos financeiros de forma a iniciar imediatamente estudos e trabalhos preliminares, em particular na ligação entre Sevilha e Huelva.
De acordo com os autarcas signatários deste acordo, «a ligação Faro – Huelva – Sevilha é mais do que uma necessidade regional, representando uma oportunidade histórica para transformar as regiões do Algarve e da Andaluzia em portas de entrada estratégicas para África, a América Latina e o resto da Europa».
«É por via da existência de uma infraestrutura moderna e sustentável que o potencial turístico, industrial e comercial das nossas regiões poderá ser plenamente desenvolvido, promovendo simultaneamente a coesão social e territorial», acrescentam.
Para o Município de Faro, «este é um investimento no nosso futuro – um investimento que nos permite ultrapassar a nossa condição geográfica periférica e nos aproxima do centro económico europeu, ao mesmo tempo que damos passos fundamentais para atingir as metas ambientais de descarbonização».
«O futuro que queremos prepara-se hoje, e é por isso que devemos reclamar o apoio, político, e financeiro, para o fazer avançar», conclui.