A criminalidade violenta e grave no Algarve aumentou 9,9% em 2024, face ao ano anterior, em contraste com a descida ligeira na criminalidade geral, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) recentemente divulgado.
O documento indica que, no ano passado, foram registadas na região algarvia 26.666 participações de crimes, menos 478 do que ano anterior, equivalente a uma diminuição de 1,8%.
O distrito de Faro foi o quarto com mais participações de crimes, após Lisboa (81.645), Porto (55.233) e Setúbal (35.310).
Em relação aos crimes violentos, foram reportadas 997 participações em 2024, mais 90 do que em 2023 (+9,9%), mantendo uma tendência de subida que se verifica desde 2021.
Faro foi o sétimo distrito com o aumento percentual mais expressivo no crime grave, numa lista encabeçada por Santarém (+33,3% do que em 2023), Castelo Branco (+30,5%) e Portalegre (+30,4%), por exemplo.
No Algarve, o crime mais reportado foi “Ofensa à Integridade Física Voluntária” (1.911, +3,5%) e as tipologias que mais subiram, em termos percentuais, foram “Contrafação, Falsificação de Moeda e Passagem de Moeda Falsa” (+28,6%, 490 no total) e “Violência Doméstica contra Cônjuge ou Análogos” (+9,4%, 1.495).
Em sentido contrário, o RASI aponta decréscimos mais acentuados nas categorias de “Outro Dano” (-47,9%, 797 casos), “Condução de Veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l” (-29,5%, 1.373) e “Condução sem Habilitação Legal” (-26%, 1120).
No âmbito do crime violento, “Roubo por Esticão” (+28,1%, 205 no total), “Violação” (+13,5%, 59) e “Ofensa à Integridade Física Voluntária Grave” (+11,3%, 59) registaram os principais aumentos.
No Algarve, as categorias de crime grave que mais desceram entre as mais participadas foram “Resistência e Coação sobre Funcionário” (-9,3%, 156 no total) e “Roubo na Via Pública exceto por Esticão” (-1,2%, 255).
Nove concelhos do distrito de Faro registaram subidas no número de casos em 2024, com maior incidência em Loulé (4.650 no total), Albufeira (3.819), Faro (3.500) e Portimão (3.099).
Segundo o RASI, Faro é o segundo distrito com mais registos válidos (25) de presumível exploração, em maioria para tráfico sexual (12).
As presumíveis vítimas são, principalmente, mulheres (16), adultas (14) e de nacionalidade estrangeira (12), nomeadamente de São Tomé e Príncipe (sete).
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