Esta é a terceira vez que uma parte da coleção de arte contemporânea portuguesa de Luís Negrão (e família) é mostrada no pequeno Centro de Exposições de Alcantarilha, no concelho de Silves.
Desta vez, sob o título «Vínculo, encontro para um jardim», a mostra apresenta pintura, desenho, cerâmica e até tecelagem de artistas consagrados, como António Dacosta, José Pedro Croft, João Jacinto, José Loureiro, Pedro Tudela, João Queiroz, Urbano, Vanessa Christie e Alexandre Baptista, e ainda de outros emergentes, como Margarida Andrade, João Miguel Ramos, Alice Albergaria Borges, Nuno Gaivoto, Liliana Velho e Isabel Madureira Andrade.
Na abertura da exposição, no sábado, 5 de Abril, Luís Negrão, o médico colecionador de arte, começou por salientar as características do pequeno, mas interessante, Centro de Exposições de Alcantarilha, que adapta o antigo mercado da vila: é «um espaço que respira e deixa respirar, deixa ver as obras».
«Pretendemos continuar a contribuir para uma agenda cultural de qualidade no concelho de Silves e é com esse espírito e motivação que apresentamos a atual exposição», escreveu, na brochura que acompanha a mostra.
Por seu lado, Hugo Santos Silves, o jovem curador, destacou a vasta coleção, com perto de 450 obras de artistas contemporâneos portugueses, entre as quais «a escolha é sempre exigente».
No entanto, «as coleções são seres vivos, se estiverem em depósito não cumprem a sua função. Uma coleção tem um brilho maior quando sai do depósito, do acervo», explicou.

E foi isso que aconteceu agora. Na sala, estão apenas 18 dessas obras, que mostram «um vínculo, uma relação afetiva», com o «passeio», «circulação», «psicogeografia», que culmina no «jardim», que «pode ser um jardim físico», espelhado em «obras mais literais», de paisagens, flores, plantas, «mas também pode ser um jardim mental».
«No conjunto das obras patentes na exposição, espera-se o encontro com um jardim: um lugar-vínculo, a partir do qual se especula um vasto horizonte, onde se destina um corpo-paisagem», escreve o curador na brochura.
A exposição, que abre com um poema de Nuno Júdice, pode ser vista no Centro de Exposições de Alcantarilha de terça-feira a sábado, das 13 às 19h00, até 27 de Setembro.
Luís Negrão anunciou ao Sul Informação que, depois de três exposições em Alcantarilha e uma no Museu de Faro, haverá nova mostra com peças da sua coleção de arte, desta vez de cerâmica de António Vasconcelos Lapa, no foyer do Teatro Gregório Mascarenhas, em Silves, provavelmente em Junho.
Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação








Hugo Santos Silva, Luís Negrão, Rosa Palma e Maxime Bispo


Hugo Santos Silva, Liana Negrão, Luís Negrão e Augusto Miranda










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