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O dossiê da candidatura do Baixo Alentejo à organização da Cidade Europeia do Vinho 2026 foi entregue esta terça-feira, 22 de Abril, numa aposta da região para receber a iniciativa com vista a aumentar a internacionalização do território, foi anunciado.

A candidatura, que abrange toda a região, é promovida pela Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo e pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), com o apoio das 13 câmaras que integram o organismo.

«Procurámos preparar um dossiê forte e consistente» e um dos objetivos da candidatura «é contribuir para o aumento da internacionalização da região», realçou à agência Lusa o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos.

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Segundo o responsável, o dossiê da candidatura foi entregue na terça-feira à tarde à Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), que vai decidir, em assembleia-geral, no dia 30 deste mês, qual das três candidaturas concorrentes “ganha” o título.

O Baixo Alentejo concorre com uma candidatura que junta sete municípios dos Açores e com outra que agrega seis câmaras do Algarve.

Nas declarações à Lusa, o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo adiantou que a candidatura do Baixo Alentejo propõe «mais de 20 atividades, três delas com impacto mundial», mas escusou-se, para já, a revelar detalhes.

«São iniciativas que vão ao encontro dos objetivos da candidatura, que é procurar que todo o universo ligado ao vinho, à cultura, ao património e à identidade do Baixo Alentejo possa ser mais conhecido nos mercados internacionais», salientou.

Assinalando a qualidade e a história do vinho produzido nesta região, José Manuel Santos lembrou que o Baixo Alentejo «produz vinhos há mais de dois mil anos» e aludiu à «herança milenar do vinho de talha».

«Esta realidade vitivinícola é claramente distintiva e acaba por colocar automaticamente a candidatura num patamar de projeção», assumiu.

Entre outros argumentos, o responsável destacou que, neste território, «o vinho é também expressão turística, com hotéis temáticos ligados ao vinho, que tem aplicações, por exemplo, ao nível da saúde e do bem-estar».

«O Baixo Alentejo consegue ter realidades como pequenas adegas familiares ou de amigos ligados ao vinho da talha, produções intermédias, em que temos um hotel e uma adega, e até produções industriais», acrescentou.

Também em declarações à Lusa, o presidente da CIMBAL, António Bota, frisou que a região do Baixo Alentejo é a que «apresenta melhores e mais variedade de vinhos para o novo consumidor, com as novas regras de consumo».

«Enquanto se bebia muito vinho há uns anos atrás, hoje bebemos menos e de maior qualidade e o Alentejo tem essa panóplia de oferta e o mercado turístico envolvente dos vinhos é muito significativo no Baixo Alentejo», sublinhou.

António Bota, que também é presidente da Câmara de Almodôvar, destacou a existência de empresas que se dedicam ao enoturismo, com programas diversificados, e quase 200 unidades de turismo rurais, que também aliam o vinho a outras iniciativas.

A assembleia-geral da AMPV, com representantes dos 146 associados, reúne-se, no dia 30, em Alandroal, no distrito de Évora, para escolher a Cidade Europeia do Vinho 2026.

A CIMBAL é formada por 13 dos 14 municípios do distrito de Beja (a exceção é Odemira).

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