No Baixo Alentejo, tanto a criminalidade geral, com -7,3%, como a violenta e grave, -4,7%, registaram descidas no ano passado, em relação a 2023, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) recentemente divulgado.
O documento revela que, no distrito de Beja, foram reportadas um total de 5.371 participações criminais em 2024, menos 425 do que no ano anterior, sendo o segundo no país com maior descida em termos percentuais (-7,3%).
Na área dos crimes violentos e graves, no Baixo Alentejo registaram-se 142 participações, uma redução de sete face a 2023, ou -4,7% em termos percentuais.
O crime mais vezes reportado no distrito é o de “Ofensa à Integridade Física Voluntária Simples” (368 casos).
A tipologia de crime com maior aumento, de 264,72%, foi “Contrafação, Falsificação de Moeda e Passagem de Moeda Falsa” (124 no total).
Em sentido contrário, destacaram-se os decréscimos percentuais em “Outras Burlas” (-68,8%, 125), “Condução sem Habilitação Ilegal” (-46,1%, 181) e “Outro Dano” (-45,2%, 230).
Quanto ao crime violento e grave, “Violação” (+120%, 11 casos) e “Roubo por Esticão” (+30%, 13) registaram as principais subidas no distrito de Beja.
Por outro lado, “Resistência e Coação sobre Funcionário” teve a descida mais acentuada entre os crimes graves, de -41,4% (34 casos no total).
Na análise aos 15 concelhos deste distrito alentejano, oito registaram diminuições e os outros sete aumentos. Beja (1.542), Odemira (850), Serpa (422) e Moura (421) são os municípios com mais casos.
O RASI indica ainda que Beja é o distrito com mais registos (57) de presumível exploração, quase na totalidade por tráfico laboral (53) e maioritariamente no setor da agricultura (30).
As presumíveis vítimas são principalmente homens estrangeiros, com destaque para os nacionais da Índia (15), Nepal (10), Marrocos (nove) e Moldova (oito).
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