«Um acontecimento de extrema importância» é como Rafael Dias, presidente da Junta de Freguesia de Cachopo, descreve a inauguração do Centro de Meios Aéreos, oficializada esta sexta-feira, 21 de Março.
Esta estrutura, que já funcionava de forma provisória, é, nas palavras de Rafael Dias, «muito importante para garantir a segurança das pessoas e dos bens no território», tanto de Cachopo, como do concelho de Tavira e até dos concelhos vizinhos.
«A população não podia estar mais contente. Estamos a falar de autoridades no território, que transmitem uma maior sensação de segurança à população e a quem nos visita. Salvaguarda que uma pessoa que se possa sentir mal seja logo socorrida. Até ao dia de hoje, quando havia uma situação complicada, o socorro demorava, em média, duas horas, e agora fica a 15 minutos», salientou o autarca em entrevista ao Sul Informação.
O Centro de Meios Aéreos de Cachopo, localizado em plena serra algarvia, a cerca de 40 quilómetros da cidade de Tavira, está agora também dotado de uma torre de vigia e camaratas, num edifício anexo, que permitem a acomodação permanente de elementos da GNR, bombeiros, pilotos do helicóptero que fica sedeado em Cachopo entre Maio e Outubro e restantes autoridades de segurança.
«Durante o período de Verão, de Maio a Outubro, estas equipas passam a estar lá sempre alojadas para dar uma rápida resposta no terreno. No período de época baixa, ficará apenas uma equipa da GNR», esclareceu ao nosso jornal, acrescentando que, a partir de agora, a pista passa ainda a ter licença para acolher outras atividades relacionadas com o desenvolvimento do território.
As obras de remodelação do Centro deviam ter ficado concluídas no final de 2023, mas só agora foi possível terminá-las.

Durante a cerimónia de inauguração, que decorreu hoje, Ana Paula Martins, presidente da Câmara de Tavira, explicou que, primeiro, a pandemia e, depois, as consequências da guerra na Ucrânia dificultaram a execução da obra, que se «arrastou por 2024» e está agora «praticamente concluída».
Faltam apenas «pequenos ajustes» que não impedem o funcionamento do novo edifício e a desativação dos contentores que serviram temporariamente como ponto de apoio.
«Está pronto para funcionar, tem todas as condições, tem condições para poder acolher, inclusivamente, porque tem quartos com cama, com camaratas, tem uma cozinha, tem um espaço funcional, tem sala para o piloto, portanto, tem todas as condições para podermos ter aqui o dispositivo», disse a autarca à Lusa.
A intervenção no Centro de Meios Aéreos de Cachopo significou um investimento de 2,8 milhões de euros e foi financiada com fundos comunitários do programa de cooperação transfronteiriço luso-espanhol Interreg, já que, tal como explicou Rafael Dias ao Sul Informação, «este centro vai apoiar, em termos de ação florestal, o Algarve, o Baixo Alentejo e a Andaluzia».
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