Tozé Marreco colocou hoje o seu lugar à disposição, após a derrota caseira (0-2) do Farense com o Nacional, mas Rui Gomes, administrador da SAD, deu um voto público de confiança ao técnico.
Na conferência de imprensa após a partida da 21ª jornada da I Liga, Tozé Marreco sublinhou: «O meu lugar está sempre à disposição, se [o presidente] achar que deve alterar alguma coisa naquilo que é o grupo, se o meu trabalho não estiver a ser suficiente.»
O técnico, que sucedeu no cargo a José Mota após a 6ª jornada, quando o Farense ainda não somava qualquer ponto, assumiu «todas as responsabilidades por tudo o que se passar esta época».
«Se aquele homem achar que há mais hipóteses de o Farense se manter na I Liga sem estar eu ao comando, dou-lhe um abraço e faço as minhas malas para Coimbra», reafirmou.
Mas Rui Gomes, administrador da SAD do Farense, no final da conferência de imprensa, à qual tinha assistido, dirigiu-se ao treinador e, perante os jornalistas, abraçou-o e deu-lhe um voto público de confiança, frisando de forma bem audível: «Você é o nosso treinador.»
Tozé Marreco disse ainda que «o Farense tem de, efetivamente, mudar muita coisa», pedindo aos jogadores para «mudar a forma de estar em alguns momentos, no aspeto de “isto não é tudo igual”».
«Há pessoas que não têm noção do que é o Farense, do que representa, a história que tem. Ganhar ou perder não pode ser igual. Às vezes, sinto que tem de haver muito mais responsabilidade. Sou o primeiro a dar a cara, porque praticamente vivo no São Luís e trabalho para isto. Mas temos de ser muito mais responsáveis e temos sido irresponsáveis nalguns momentos», sublinhou.
O técnico revelou ainda que os cinco capitães lhe transmitiram o «apoio incondicional» de todo o plantel.
«Quiseram passar-me toda a carta branca no aspeto de estarem disponíveis para tudo o que eu decida em prol do grupo. Um apoio que lhes agradeci e que me foi muito importante também, mostrarem um apoio incondicional ao meu trabalho, de que eu não estava à espera», referiu.