Entidades que queiram implementar projetos de prevenção da violência no namoro podem apresentar candidaturas à ação de voluntariado jovem “Namorar com fair play”, do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), até ao dia 30 de Março.
Esta iniciativa, coordenada pelo IPDJ e integrada no Programa “Agora Nós”, visa «prevenir a violência com base nas desigualdades de género, prevenir a violência no namoro, «eliminar estereótipos de género promovendo uma cultura de não-violência e sensibilizar os jovens para Igualdade de Género como parte integrante dos Direitos Humanos».
As candidaturas encontram-se abertas até 30 de Março, decorrendo as ações de 15 de Abril a 15 de Novembro de 2025, revelou o IPDJ.
Podem-se candidatar a este programa estabelecimentos públicos de ensino (básico, secundário e universitário), associações juvenis, clubes desportivos e outras entidades privadas sem fins lucrativos.
«As entidades candidatam-se a uma subvenção, para organização de um projeto que reúna as seguintes características: Envolva voluntários com idade compreendida entre os 14 e os 30 anos; Integre atividades (culturais, lúdicas e desportivas), dirigidas a jovens, que contribuam para prevenção de comportamentos de violência no namoro e de discriminação, com base no género e na orientação sexual», explicou o instituto.
As candidaturas para as ações de voluntariado jovem “Namorar com Fair Play” devem ser submetidas aqui.
Mais informações podem ser obtidas online ou junto da Direção Regional do Algarve do IPDJ, através do telefone 289 891 820 ou e-mail: [email protected]
«O aumento da legitimação da violência no namoro é um dos dados mais preocupantes revelados no Estudo Nacional de Violência no Namoro de 2025, divulgado esta sexta-feira, dia 14 de fevereiro, pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)», enquadrou o IPDJ.
«Do total de jovens participantes (6732) no Estudo, 75,3% não consideram violência no namoro, pelo menos, 1 dos 15 comportamentos referidos no inquérito, sendo o controlo, com 63,6%, o comportamento mais legitimado», acrescentou.
No que diz respeito aos indicadores de vitimização, «66,3% de jovens que indicaram já ter tido ou ter uma relação de namoro, afirmaram já ter experienciado, pelo menos, um dos indicadores de vitimização. Uma vez mais o controlo, com 50,8%, é o comportamento mais reportado».