Mais de 650 pessoas passaram por Santa Bárbara de Nexe para participar na primeira edição do Festival de Caminhadas desta freguesia do concelho de Faro, que deu a conhecer «as bonitas paisagens», os caminhos e o património local entre os dias 7 e 9 de Fevereiro.
O evento, promovido pela Junta de Freguesia e organizado pela Algarviana Team Associação, a Associação Cultural Recreativa e Desportiva Nexense e o grupo informal de caminhadas Bifanas Team, «contou com mais de 650 inscrições individuais que resultaram em mais de 1400 participações nas inúmeras atividades programadas», segundo a organização.
Do total dos inscritos, que incluem «cerca de 30 crianças até aos 12 anos que participaram em atividades adequadas à sua faixa etária, 66,3% são mulheres».
Por atividade, os participantes dividiram-se por 27 caminhadas, cinco conversas/tertúlias, nove atividades culturais/temáticas, cinco workshops/atividades paralelas e três atividades para crianças/famílias.
Numa nota de imprensa, os responsáveis pelo festival falam em «sucesso», após a realização deste primeiro festival, e realçam que surpresa «foi a expressão que dominou grande parte dos rostos dos participantes que no passado fim de semana se deslocaram à aldeia de Santa Bárbara de Nexe», expressão essa que, dizem, «foi a marca de água» do evento.
«Mesmo aqueles que vinham de perto – como Faro, Loulé ou Olhão – acabavam por reconhecer não ter noção de que tão próximo tinham um cenário com a beleza deste anfiteatro natural que são os montes e cerros de Santa Bárbara de Nexe», revelaram.
Isso não impediu que a adesão ao festival fosse muito elevada, com «caminhantes que vieram de todo o lado e rapidamente esgotaram muitas das caminhadas e das atividades previstas, algumas das quais esgotaram antes do prazo final de inscrições».
Vieram caminhar a Santa Bárbara de Nexe «participantes provenientes dos vários concelhos do Algarve, de Vila do Bispo a Vila Real de Santo António, mas também de zonas do país tão distantes como Vila Nova de Gaia, Maia, Vila Nova de Famalicão, ou de paragens mais próximas como Lisboa, Cascais, Oeiras, Amadora Setúbal, Beja, Odemira, entre outras».
De outras nacionalidades, marcaram presença caminhantes oriundos de Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Suécia, Suiça e Austrália.
Na sua primeira edição, as receitas do festival atingiram cerca de 9500 euros, «incluindo inscrições e refeições pagas por via do Festival».
«No que toca às refeições, contabilizou-se, entre pequenos-almoços, almoços e jantares, um total de 315 (117 das quais veganas) adquiridas através da plataforma do festival e servidas na sede de duas das associações locais parceiras do Festival – A Associação Cultural, Recreativa e Desportiva Nexense e o Clube Recreativo e Cultural Gorjonense», segundo a organização.
A estes números junta-se «o consumo nas mercearias, cafés e restaurantes locais, com a presença aproximada 800 pessoas durante o fim de semana, entre participantes inscritos nas caminhadas e atividades, e o público que participou exclusivamente na programação cultural, como a que teve lugar nos espaços da Associação Casa Museu José Pinto Contreiras, ou na Cooperativa Bordeirense».
Gorjões e Bordeira foram os núcleos culturais da freguesia onde teve lugar boa parte da programação paralela às caminhadas, «acolhendo, o primeiro, uma exposição, a exibição de um curto documentário, o percurso interpretativo dos poços dos Gorjões, e a reposição a peça de teatro comunitário As mulheres do Alto, em co-produção com JAT – Janela Aberta Teatro.
Já em Bordeira, «a terra rainha da pedra, do acordeão e das charolas, os visitantes foram brindados com uma oficina onde se pôde apreciar a Arte de trabalhar a Pedra com o mestre Arnaldo Ramos, e, como não podia deixar de ser, uma sessão de acordeão com a jovem acordeonista Inês Faria, que teve lugar na Cooperativa Bordeirense».
«O baile popular não podia faltar e animou a noite de sexta feira, com a atuação do grupo musical Tokisom, no Clube Cultural e Recreativo Gorjonense. E para os amantes do rock não faltou, no dia 8 à noite, um concerto de tributo à icónica banda brasileira Mamonas Assassinas, que teve lugar no Rock Garden Café», descreveram os organizadores do festival.
A organização referiu ainda «os muitos e muitas que generosamente participaram a guiar caminhadas, a orientar as atividades paralelas, a confecionar as refeições, ou a colaborar no que fosse necessário para que tudo estivesse em ordem para acolher as centenas de pessoas que passaram por Sta. Bárbara de Nexe no
último fim de semana».
Este festival integra a rede Algarve Walking Season, coordenada pela cooperativa QRER, com o apoio da Região de Turismo do Algarve, com o objetivo de promover o Algarve como uma região para caminhar todo o ano, e conta com o apoio do Município de Faro e do Grupo Motorpor.
A 2.ª edição do WFSBN regressará ao cenário dos trilhos centenários desta bonita freguesia do Barrocal nos dias 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2026.







