As barragens do Algarve estão a 54% da sua capacidade total de armazenamento de água, depois das últimas chuvas, mas a recuperação continua a ser muito assimétrica, com as duas barragens do Sotavento a registar um volume total de 77% e as quatro do Barlavento, onde se inclui a maior albufeira da região, a apenas 38% da sua capacidade.
Dados enviados hoje à Lusa pela Agência Portuguesa do Ambiente mostram que na sexta-feira, dia 21 de Fevereiro o volume armazenado nas seis barragens algarvias ascendia a 54% do total, em grande medida graças às chuvas de Janeiro.
Um ano antes essa percentagem era de 34%, menos 20 pontos percentuais, o que significa um aumento de 90 hectómetros cúbicos (hm3) de água de um ano para o outro, um volume superior ao consumo médio anual do setor urbano, no Algarve.
Atualmente, estão armazenados nas seis principais albufeiras da região algarvia 240 hm3 de água.
Fonte da APA destacou à agência Lusa a situação atual nas barragens de Odeleite (79%, 103,1 hm3) e de Beliche (72%, 34,55 hm3).
«A menos boa notícia é que a recuperação foi assimétrica, do encaixe de 90 hm3. Resultante das chuvas de Janeiro, mais de 70% foi do lado do Sotavento Algarvio», lamentou a mesma fonte.
No fundo, isto significa que as duas barragens situadas no concelho de Castro Marim são responsáveis por 65,7 hm3, do aumento de 90 hm3 registado a nível regional.
Nas outras quatro Albufeiras, situadas nos concelhos de Silves (Arade e Funcho), Monchique (Odelouca) e Lagos (Bravura), o aumento foi de “apenas” 23,2 hm3.
Em percentagem, Odelouca, a barragem com mais capacidade da região está a 43% da sua capacidade total (67,01 hm3), a do Arade a 18% (5,01 hm3), a da Bravura a 17% (5,82 hm3) e a do Funcho a 50% (24,05 hm3).
A APA recorda que o Algarve é a única região que tem duas barragens com menos de 20% da sua capacidade, as da Bravura e Arade.
Assim, enquanto as barragens do sotavento algarvio aumentaram muito o seu armazenamento e estão com uma capacidade muito acima dos 50%, as do barlavento continuam com dificuldade em preencher as mesmas percentagens, devido às chuvas menos abundantes.
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