Depois de, em 2024, a Aviludo/Louletano/Loulé ter deixado marca no ciclismo nacional, com várias vitórias em provas importantes e a discussão pela “camisola amarela” na Volta a Portugal, a fasquia está alta, mas o objetivo é olhar com a mesma ambição para a temporada de 2025.
A equipa algarvia, que tem como base desportiva o Louletano Desportos Clube, apresentou-se oficialmente esta segunda-feira, no auditório da biblioteca municipal de Loulé, com casa cheia, face à presença dos muitos patrocinadores, de representantes de entidades oficiais e adeptos.
Os 10 corredores – três deles caras novas – desfilaram, um a um, e foram ovacionados, especialmente os argentinos Tomas Contte e Nicolás Tivani, que no ano passado proporcionaram as maiores alegrias aos adeptos louletanos.
Falando à plateia, o diretor-desportivo, Américo Silva, recordou que o seu objetivo, quando chegou a Loulé, em 2023, era «tentar elevar» os algarvios ao «patamar máximo do ciclismo nacional», o que, no ano passado, ficou bem demonstrado.
Em 2024, a equipa somou triunfos na geral individual no Grande Prémio do Douro, com David Dominguez, e na Prova de Abertura, com Tomas Contte, além de ter conquistado etapas na Volta a Portugal, em que esteve na discussão da geral individual com Jesus del Pino, e no Grande Prémio Joaquim Agostinho.
«Honrou-nos muito a forma como fomos homenageados, após a Volta a Portugal. Os triunfos que conseguimos não passaram ao lado dos louletanos», afirmou o diretor-desportivo da Aviludo/Louletano/Loulé.
Se 2024 foi «muito bom», mesmo «acima das expetativas», Américo Silva admitiu que «mais difícil será voltar a repetir» o que foi conquistado no ano passado, «que não foi pouco».
«Subir ao alto é difícil e manter-se lá é mais difícil ainda. Mas mantivemos a estrutura base e, com ambição, trabalho e empenho, já começámos a demonstrar o que podemos fazer», disse, em alusão aos resultados já obtidos nas últimas semanas.
No início de Fevereiro, Nicolás Tivani conquistou a Volta a San Juan, na Argentina, seu país natal, com um triunfo em etapas, à semelhança do compatriota Contte, 6º na geral individual nessa prova e que, já em solo português, foi 2º na Prova de Abertura – Região de Aveiro.
Além destes dois corredores, também se mantêm em Loulé, face à época passada, Jesus del Pino, David Dominguez, Carlos Oyarzún, José Dias e Daniel Viegas, o único natural de Loulé, o que também mereceu forte salva de palmas.
Por outro lado, Sérgio Saleiro, José Dias e Jorge Gálvez são os três reforços garantidos pela Aviludo/Louletano/Loulé.
O presidente da Câmara Municipal de Loulé, que fechou o conjunto de intervenções, sublinhou a «relação profunda, muito sentimental, que atravessa gerações», que o concelho e a cidade têm com o ciclismo.
Vítor Aleixo transmitiu aos 10 corredores que os louletanos «estão muito agradecidos» por «defenderem as cores» de Loulé nas estradas de todo o país.
«Nós vibramos com os vossos sucessos e orgulhamo-nos do ciclismo, porque no país fora Loulé é conhecida pelo ciclismo», referiu o autarca.
Antes, já o presidente do Louletano, António do Adro, tinha salientado que a modalidade «une as pessoas», apontando para a primeira fila do plateia, onde estavam, lado a lado, Telmo Pinto (PS) e Hélder Martins (PSD), candidatos já anunciados à presidência da Câmara de Loulé nas Autárquicas deste ano.
A apresentação da equipa algarvia contou ainda com as presenças de Cândido Barbosa, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Custódio Moreno, diretor regional do Instituto Português de Desporto e Juventude, e Kai Schneider, diretor executivo (CEO) da Aviludo, o principal patrocinador.
