Rogério Bacalhau vai, afinal, continuar como presidente da Câmara de Faro até ao final do mandato. O autarca não irá, pelo menos para já, para presidente da Águas do Algarve, como chegou a ser confirmado, uma vez que o processo teve «sucessivos entraves burocráticos».
A informação foi avançada pelo próprio Rogério Bacalhau numa nota pública enviada às redações.
Nessa nota, o presidente da Câmara de Faro recorda que, como foi do «conhecimento público», recebeu, ainda no ano passado, «um convite para integrar o Conselho de Administração de uma entidade de âmbito regional»: no caso, a empresa Águas do Algarve.
Rogério Bacalhau, que já tinha dito que tinha aceitado o convite, deixou, no entanto, a condição de que só assumiria o cargo em Janeiro deste ano para «concluir alguns projetos importantes» para Faro.
Ora, a verdade é que tal nunca aconteceu devido à «morosidade do processo eletivo», motivada, segundo Rogério Bacalhau, «por sucessivos entraves burocráticos».
A Assembleia Geral chegou, de resto, a estar marcada por duas vezes: uma para Janeiro, outra para Fevereiro.
Devido a estes atrasos, o presidente da Câmara de Faro decidiu, afinal, continuar na autarquia, solicitando que a eleição – para presidente da Águas do Algarve – ocorra «apenas após o final» do mandato.
Tal, considera o autarca, permitirá «continuar a exercer as minhas atuais funções com total dedicação e empenho».
Esta decisão de Rogério Bacalhau surge também no dia a seguir a se saber que o edil – e a vereadora Sophie Matias – vão a tribunal por um alegado crime urbanístico.
Quanto a Paulo Santos, vice-presidente da Câmara de Faro, já não assumirá a presidência nestes últimos meses, o que era visto também como uma rampa de lançamento para uma eventual candidatura autárquica (Bacalhau não pode voltar a ser candidato por ter atingido o limite de mandatos).
O candidato do PSD à Câmara da capital algarvia continua, de resto, a ser uma incógnita.