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O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito ao acidente que envolveu uma viatura dos bombeiros de Odemira e causou a morte a um dos elementos daquela corporação, indicou ontem a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Numa resposta por escrito, a PGR confirmou à agência Lusa «a instauração de inquérito», o qual «é dirigido pelo Ministério Público de Odemira».

Já na terça-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI) divulgou que ordenou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a realização de um inquérito urgente às viaturas dos bombeiros adquiridas no mesmo lote do carro acidentado em Odemira.

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«Na sequência do trágico acidente que, no passado dia 1 de Janeiro, envolveu uma viatura ao serviço da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Odemira, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, ordenou a abertura de um inquérito urgente por parte da IGAI, no sentido de apurar todos os elementos do processo de homologação, certificação, legalização e registo daquele veículo, bem como dos veículos constantes do contrato CP-V 056/01/2023.A», explicou o Ministério, em comunicado.

Em causa estão 81 viaturas, designadamente autotanques e viaturas florestais adquiridas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e entregues pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entre as quais estava incluído o veículo de combate a incêndios dos Bombeiros de Odemira envolvido no acidente mortal.

O MAI precisou que aquele contrato de 2023 integra o lote de veículos cedidos pela ANEPC, em regime de comodato, a várias associações de bombeiros, estando incluído o veículo acidentado.

Além do inquérito da IGAI, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, determinou a suspensão preventiva da utilização daquelas viaturas.

O presidente da a Liga dos Bombeiros Portuguesas (LBP), António Nunes, anunciou também que aquele organismo criou uma comissão técnica constituída por cinco elementos para avaliar a segurança de todos os veículos adstritos aos corpos de bombeiros, sejam ambulâncias ou carros de combate a incêndios.

António Nunes explicou à Lusa que a comissão vai investigar alguns dos maiores acidentes dos últimos três anos que causaram danos corporais aos bombeiros, frisando que muitos dos desastres acontecem a velocidade reduzida.

Contactado hoje pela agência Lusa, o comandante dos Bombeiros de Odemira, Luís Oliveira, disse que os bombeiros transferidos para os hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e de Portimão «permanecem internados».

Um bombeiro morreu e quatro ficaram feridos, três dos quais em estado grave, na sequência do despiste do veículo de combate a incêndios da corporação de Odemira, no distrito de Beja, no dia 1 de Janeiro.

Os bombeiros integravam uma das equipas de intervenção permanente (EIP) de Odemira e regressavam ao quartel depois de terem sido chamados a intervir “numa queimada autorizada que se descontrolou” em Saboia, no interior do concelho de Odemira, quando o veículo de combate a incêndios se despistou.

A Inspeção dos Serviços de Emergência e Proteção Civil abriu um inquérito ao acidente.

 



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