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A Câmara de Loulé vai lançar o Prémio de Arquitetura Maria José Estanco, uma nova iniciativa que pretende homenagear esta louletana, que foi a primeira arquiteta portuguesa, e destacar o papel da mulher nesta profissão.

Esta distinção será bienal, terá «âmbito e impacto nacional» e um valor pecuniário de 15 mil euros. Nesta primeira edição, o vencedor do concurso e a entrega do prémio estão marcadas para o dia 26 de Março.

Segundo a Câmara de Loulé, o objetivo deste prémio é «reconhecer o pioneirismo das mulheres arquitetas portuguesas, valorizando a sua dedicação à arquitetura, promovendo e incentivando a participação plena e efetiva das mulheres na profissão».

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No âmbito deste galardão, foi celebrado um protocolo de cooperação entre o Município e a Ordem dos Arquitetos «que, entre outros parâmetros, prevê a promoção de um programa de divulgação nas escolas e/ou espaços culturais do concelho de Loulé com a arquiteta/equipa premiada».

Maria José Brito Estanco Machado da Luz, conhecida como Maria José Estanco, nasceu na freguesia de São Clemente, concelho de Loulé, em 26 de Março de 1905, e faleceu em Lisboa em 30 de Setembro de 1999, com 94 anos.

O seu percurso académico inicia-se no Curso de Pintura da Escola de Belas-Artes, em Lisboa, tendo optado posteriormente pelo curso de Arquitetura, que conclui em 1942. Nesse ano recebe o prémio de “Melhor Aluno de Arquitetura”, apresenta e defende o seu projeto “Um Jardim-Escola no Algarve” no Concurso para Obtenção do Diploma de Arquiteto (CODA), com a avaliação de 16 valores. Foi a primeira arquiteta portuguesa a obter este diploma.

Não tendo conseguido integrar, como arquiteta, ateliers de arquitetura nessa época, dedica-se à decoração de interiores e à criação de móveis. Foi professora em Lisboa, no Liceu D. Filipa de Lencastre, no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho, no Liceu Passos Manuel e no Instituto de Odivelas. Deu aulas a título gratuito de desenho e pintura, a reclusos do Estabelecimento Prisional do Linhó.

Reconhecida como democrata, pacifista, e defensora da igualdade dos direitos das mulheres, pertenceu à Direção do Conselho Nacional para a Paz e foi membro do Movimento Democrático das Mulheres (MDM).

«O reconhecimento do seu comprometimento com a educação, a superação da dificuldade em exercer a profissão de que resultaram poucas (mas significativas) obras construídas, e a sua dedicação a causas sociais, merecem destaque na história da arquitetura em Portugal», conclui a Câmara de Loulé.

 



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