A Operação Integrada de Gestão da Paisagem – Área Piloto de Monchique (OIGP-APM), uma iniciativa que motivará um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros, tendo em vista a redução do risco de incêndios florestais, a promoção da conservação dos ecossistemas e a dinamização do desenvolvimento socioeconómico sustentável na região, foi oficialmente aprovada e publicada em Diário da República.
A partir de agora, a operação «entra agora numa nova fase focada na execução prática das operações aprovadas, por todos os interessados, nomeadamente os proprietários rurais que, em articulação com a entidade gestora, deverão concluir as ações até Novembro de 2025», segundo a Câmara de Monchique.
Com uma área de 1.217,90 hectares, localizada no concelho de Monchique, a OIGP-APM resulta de uma candidatura apresentada pela Associação de Desenvolvimento Local de Monchique – Corredor Verde (AMCV), em parceria com a Câmara Municipal de Monchique, com o apoio técnico da empresa Geo21 – Consultores de Desenvolvimento Territorial.
A execução da operação será gerida e operacionalizada pela AMCV, «tendo por base procedimentos transparentes, envolvendo e mobilizando os proprietários e atores locais».
«O projeto prevê um montante máximo de investimento de 2.455.480,90 euros, medidas que serão financiadas a 100%, garantindo os recursos necessários para alcançar os objetivos definidos. Este investimento será complementado por um apoio anual máximo de 137.879,67 euros durante 20 anos, para auxílio à manutenção dos investimentos», acrescentou a autarquia.
Esta operação «surge como resposta a uma necessidade urgente de mitigação dos riscos associados aos incêndios florestais que têm devastado a serra e município de Monchique nos últimos anos. O projeto prevê a criação de faixas de gestão de combustível nas áreas envolventes à rede viária e aos aglomerados populacionais, contribuindo para uma maior resiliência do território face a futuros eventos extremos».
Este projeto «integra uma componente muito importante de promoção do desenvolvimento socioeconómico, estimulando a criação de oportunidades económicas associadas ao turismo de natureza, à agricultura orientada para os produtos endógenos e às atividades florestais, incentivando um crescimento equilibrado e sustentável deste território».
Também não é esquecida «a importância da valorização dos ecossistemas locais, através da recuperação de linhas de água e dos habitats adjacentes, reforçando a biodiversidade e promovendo práticas de conservação ambiental», conclui a Câmara.
