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Uma equipa de investigadores do Instituto BlueZ C, da Universidade do Algarve, visitou as Salinas del Alemán, em Huelva (Espanha), para partilhar o trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito do projeto Sal C, para uma melhor aplicação do conhecimento científico nos ambientes naturais das salinas tradicionais.

Este trabalho permite, segundo os investigadores, «melhorar a qualidade do sal e, ao mesmo tempo, transformar estas zonas em grandes sumidouros de carbono».

A investigação desta equipa da Universidade do Algarve, integrada no Instituto BlueZ C e liderada por um dos maiores especialistas mundiais em ecologia de plantas marinhas, o professor Rui Santos, permitiu a criação de uma incubadora para a produção de fanerogâmicas marinhas em sistema semi-natural e controlado nas salinas MadeInSea, no concelho algarvio de Castro Marim.

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As plantas fanerogâmicas marinhas, como as que estão a ser reintroduzidas neste projeto, têm uma capacidade de sequestro de carbono cem vezes superior à dos povoamentos florestais, sendo o principal objetivo do projeto aumentar o número de plantas existentes nas salinas, de forma a compensar o facto de, nas últimas décadas, muitas destas operações terem caído em desuso.

 

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Os objetivos do projeto Sal C – Valorização das Salinas para o Sequestro de Carbono e Mitigação das Alterações Climáticas são «aumentar a cadeia de valor das atividades tradicionais de sal, integrando a produção de ervas marinhas que podem ser utilizadas para a restauração ecológica e compensar as emissões de CO2, melhorando simultaneamente a qualidade do produto final através da retenção de poluentes, incluindo microplásticos, nas ervas marinhas».

Este projeto, que pretende ser replicado noutras empresas portuguesas e espanholas, envolve a Eurocidade do Guadiana, como elo de ligação entre as duas comunidades ibéricas e com o objetivo de transferir a experiência para outros territórios, para que os benefícios ecológicos, económicos e sociais possam ser multiplicados.

As Salinas del Alemán são as únicas da província de Huelva onde ainda se extrai sal por métodos tradicionais, com um reconhecimento considerável tanto pela produção de sal, como pelos serviços associados no sector turístico.

As salinas estão situadas num ambiente natural e produzem, além do sal marinho e da flor de sal, outro tipo de sal conhecido como flocos de sal, muito apreciado na alta cozinha.

«Os gestores desta empresa familiar estavam muito interessados na investigação do projeto Sal C e nos benefícios que a transferência destes resultados poderia gerar», salienta a equipa do Instituto BlueZ C.

O projeto Sal C é financiado pela Fundação La Caixa -BPI, através do seu programa Promove, que visa apoiar projetos que promovam e desenvolvam iniciativas científicas e tecnológicas no interior de Portugal onde é necessário lutar contra o despovoamento.

 

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