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Num parque de estacionamento nasceu uma nova Central Fotovoltaica para Autoconsumo da Estação Elevatória na Praia da Marina, em Vilamoura – projeto que a ministra do Ambiente Maria da Graça Carvalho gostaria de ver multiplicado por todo o país. 

«Este é o tipo de projeto de que eu gosto. Nos vários relatórios que fiz no Parlamento Europeu pus sempre uma grande prioridade nos projetos que são perto das pessoas», afirmou a ministra esta sexta-feira, 17 de Janeiro, à margem da cerimónia de inauguração oficial desta obra, promovida pela empresa municipal louletana Inframoura.

«Nós gostaríamos de ver estes pequenos projetos de energias renováveis espalhados pelo país, aproveitar estes espaços que não perturbam a natureza nem a paisagem e que fazem com que as pessoas se sintam parte desta transição», continuou.

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Quem por ali passa ou estaciona o carro pode até nem dar conta de que por cima tem dezenas de painéis solares. Esse é, aliás, um motivo de orgulho para a Câmara de Loulé, que vê nestas pequenas unidades de produção o futuro.

«O que temos aqui é a filosofia realizada em pleno daquilo que a Câmara defende. Loulé não defende grandes investimentos que muitas vezes se fazem à custa de violências bruscas que são praticadas na paisagem, que destroem a biodiversidade, que inutilizam partes importantes do solo e que depois não envolvem a comunidade», realçou Vitor Aleixo.

 

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Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Na opinião do autarca louletano – que sempre teve como bandeira as questões do ambiente e alterações climáticas – «é importante que a geração de energia fotovoltaica seja de pequena dimensão, seja da comunidade e de produção e autoconsumo de pequena escala».

Como exemplos aponta a possiblidade de cobertura de edifícios públicos e habitação coletiva.

«É por aí que devemos caminhar, e não por aqueles grandes projetos que têm dezenas e dezenas de hectares que, do ponto de vista ambiental, por um lado, são benéficos, mas por outro dão um grande prejuízo», acrescentou, frisando que o PDM da Câmara de Loulé tem «soluções muito concretas para limitar esse tipo de investimento e para privilegiar as pequenas comunidades de produção e autoconsumo».

Atualmente, quem queira, a título individual, implementar estas opções de energia, não se depara com um processo fácil, mas a ministra do Ambiente garante que o Governo está já a trabalhar para facilitar esse processo.

«Temos já uma unidade para simplificação dos procedimentos de energias renováveis e uma das primeiras missões vai ser simplificar tudo o que é relacionado com autoconsumo, partilha de energia e comunidades de energia. Queremos multiplicar estas iniciativas por todo o país. Descentralizar a energia é também descentralizar a sociedade. O Reino Unido já faz isso há muito anos, com muito bons resultados, mesmo sem muito sol, e nós temos todo o potencial para fazer também», afirmou ainda a ministra do ambiente.

No caso desta Central Fotovoltaica de Vilamoura, o objetivo é ainda que «a energia seja partilhada com outras instalações da Inframoura», explicou Cláudio Casimiro, administrador desta empresa municipal.

Integrada na estrutura de um parque de estacionamento que já existia, mesmo em frente à Praia da Marina, depois do Passeio das Dunas, este projeto, que acarretou um investimento de 240 mil euros, apresenta ainda outra característica inovadora.

 

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Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«Os módulos bifaciais permitem receber energia da radiação direta do sol e também da radiação que é refletida pelo chão ou pelo próprio oceano, que está mesmo aqui ao lado», explicou o engenheiro.

Segundo, Cláudio Casimiro, esta obra é mais uma das que integram a estratégia da Inframoura para o seu plano de descarbonização e os próximos passos passam por, já este ano, apostar no armazenamento de energia através de baterias.

«Há aqui várias instalações que funcionam em regime noturno onde é possível armazenar energia excedentária do dia e disponibilizá-la durante a noite», explicou.

A poucos meses de deixar o executivo, o presidente da Câmara de Loulé afirma que o trabalho que foi feito em matéria de ambiente e alterações climáticas «atingiu uma maturidade e um ponto que lhe permite não ser possível voltar atrás».

À margem desta cerimónia, o autarca louletano frisou não ter dúvidas de que, no futuro, «Loulé será pioneiro área da ação climática – na adaptação, mitigação, governação e em muitos dossiês que estão subjacentes a esta política».

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 

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