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O futuro Campus Universitário de Portimão, a ser construído no Barranco do Rodrigo, «vai estar pronto em 2028». Esta foi a garantia deixada ontem pelo presidente da Câmara de Portimão, após a assinatura do protocolo entre o Município e a Universidade do Algarve, definindo os termos de colaboração entre as partes, tendo por objetivo a construção do Campus.

Para que a obra avance com rapidez, a Câmara cede à Universidade (UAlg) três dos cerca de 37 hectares do terreno de que é proprietária no Barranco do Rodrigo, entre Portimão e Alvor, e onde será ainda construída a nova piscina municipal, uma creche-lar e «o maior parque urbano» do concelho.

O Município, segundo revelou o presidente Álvaro Bila, fica ainda responsável por lançar (e pagar) o concurso público para o projeto de arquitetura do edifício que irá albergar os 1500 alunos (mais professores e funcionários) que o reitor da UAlg prevê que o futuro campus universitário irá comportar.

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Para o projeto de arquitetura, a Câmara Municipal prevê gastar 360 mil euros, enquanto a construção do Campus, em si, deverá custar «7 ou 8 milhões de euros», como revelou o reitor Paulo Águas, falando aos jornalistas no final da sessão.

Para isso, a Universidade vai candidatar-se, já em Fevereiro próximo, a um aviso lançado pela CCDR, no âmbito do Programa Algarve 2030. Só que o Campus de Portimão não é a única obra que a UAlg pretende candidatar, pelo que o reitor avisou que a dotação desse aviso é «insuficiente» para todos os investimentos previstos, em Portimão e em Faro.

 

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O reitor Paulo Águas – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Então, como irá a UAlg resolver o problema?, quiseram saber os jornalistas.

«Os projetos que a Universidade do Algarve tem para esse aviso totalizam, à data, 15 milhões de euros, dos quais 7 ou 8 milhões para Portimão. Esse aviso tem uma dotação de 10 milhões de euros. Com o seguinte detalhe: desses 10 milhões de euros, o financiamento é de 60%», respondeu Paulo Águas.

E o resto? «Nós temos a expectativa de que possa haver revisão, no decurso de um quadro comunitário, por vezes há alterações e podem ser mobilizadas mais verbas do que as que estão atualmente», começou por dizer.

O reitor da UAlg adiantou que «está previsto no próprio protocolo que o Município de Portimão está disponível para avaliar também [a possibilidade de dar] apoio na construção». «Não há nenhum compromisso, mas há essa disponibilidade», garantiu Paulo Águas.

Além disso, a Universidade pretende que «o Governo Central» também comparticipe, provavelmente através do Orçamento de Estado, tendo já transmitido a informação sobre os projetos ao atual ministro.

«No limite», o reitor admite que possam «ser mobilizadas» «algumas receitas próprias» da Universidade. «Neste momento, temos uma situação financeira com alguma tranquilidade, pelo que admitimos poder alocar alguma verba, mas não muito significativa».

Em resumo, o reitor Paulo Águas mostrou-se «convicto» de que, «entre fundos regionais, fundos locais e fundos nacionais, nós conseguiremos mobilizar os tais 15 milhões de euros para estes projetos, sendo que, desses, 7 ou 8 milhões de euros são para o Campus de Portimão».

 

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Isabel Guerreiro, Álvaro Bila e Paulo Águas – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Os estudos preliminares do projeto do Campus, que têm estado a ser desenvolvidos pela equipa de Urbanismo da Câmara de Portimão, coordenada pelo vereador José Cardoso, e pela equipa da Universidade do Algarve, coordenada pelo vice-reitor João Rodrigues, preveem também a construção de uma residência de estudantes, mas esta infraestrutura, apesar de muito necessária, não irá ainda avançar na primeira fase.

Nos três hectares do terreno para o Campus, «nós já temos lá [previsto] um quadrado para a residência», revelou Paulo Águas.

O que avançará primeiro será mesmo o edifício para a Universidade, com «4500 metros quadrados de área útil, com, no fundo, as valências de um estabelecimento de ensino, ou seja, salas de aulas, gabinetes para administrativos, refeitório, bar, biblioteca», acrescentou o reitor.

O presidente da Câmara de Portimão, que frisou por diversas vezes a necessidade de a obra estar concluída no final de 2028, explicou que, para que o processo decorra com a maior celeridade, a alteração do Plano de Pormenor dos 37 hectares do terreno municipal do Barranco do Rodrigo está já a avançar, ao mesmo tempo que será lançado em breve o concurso público para o projeto de arquitetura. Ambos os processos vão decorrer em paralelo.

Mas o prazo de 2028 não é demasiado ambicioso? «Eu acho que já vamos é atrasados, portanto, temos que cortar etapas, temos que trabalhar muito para conseguirmos que seja uma realidade», respondeu Álvaro Bila.

«Este projeto será financiado com verbas do Programa Algarve 2030, portanto, vamos ter que o concluir até lá e a data que definimos para a construção foi até final de 2028», repetiu o autarca.

 

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Assinatura do protocolo – Foto: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

Quanto aos cursos que serão ministrados no futuro Campus, o reitor da UAlg adiantou que serão mantidos os atuais cursos de Gestão e Turismo, ministrados no polo de Portimão, bem como nos cursos técnicos superiores profissionais, mas haverá uma aposta forte na área das «tecnologias, do digital, dados, inteligência artificial», até em articulação com o Autódromo do Algarve, onde está em fase final de conclusão um centro de investigação aplicada, no qual a Universidade também participa.

No que diz respeito à importância que o futuro Campus da Universidade do Algarve em Portimão terá, Paulo Águas não tem dúvidas de que «no momento em que atingirmos os 1500 alunos, mais os professores e funcionários, o impacto desta estrutura na cidade, em termos económicos, sociais e culturais será muito importante».

Álvaro Bila, por seu lado, considera que o projeto será «muito bom, não só para Portimão, como para todo o Algarve».

Mas, instou, é preciso que agora, assinado que está o protocolo entre as duas entidades, tudo avance. «Não vale a pena andarmos com mais atrasos», o Campus universitário «é para estar construído até o final de 2028».

A assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Portimão e a Universidade do Algarve teve lugar no Edifício Al-Faghar, uma antiga loja de quatro pisos, no centro antigo da cidade, comprada recentemente pela autarquia para aí instalar o seu Balcão Único, bem como os serviços da Conservatório do Registo Civil e Predial, que hoje funcionam em instalações exíguas.

Enquanto isso não avança, o Município está a usar o edifício para a exposição “Portimão 2034 – O Futuro em 100 Projetos”, uma mostra que antecipa e reflete sobre os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento do município. Um deles é precisamente o do Campus Universitário, pelo que, após a assinatura do protocolo, a comitiva visitou a mostra.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues | Sul Informação

 

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