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Tomos Proffitt, investigador do Centro Interdisciplinar em Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano (ICArEHB) da Universidade do Algarve, foi contemplado com uma bolsa de consolidação (Consolidator Grants) do Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC), no valor de 2 milhões de euros.

Embora Maria Leptin, presidente do ERC, tenha reconhecido que ainda há muitos candidatos de excelência que não conseguem financiamento, Tomos Proffitt integrou os 14,2% de candidatos selecionados, tendo havido mais dois investigadores de instituições portuguesas, em todas as áreas de investigação.

Das 2313 propostas submetidas, de 43 países, apenas 328 receberam financiamento, entre as quais o projeto “Western Rift Archaeology and Palaeoenvironment Project (WRAP)” do investigador do ICArEHB.

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Este projeto procura aprofundar a compreensão da evolução humana, centrando-se numa questão fundamental: «como e quando é que os primeiros seres humanos se adaptaram aos diversos ambientes do setor ocidental do Rifte, em comparação com as paisagens mais secas do setor oriental do Rifte?».

Tradicionalmente, associa-se com frequência o sucesso dos primeiros hominíneos às pastagens de savana aberta, embora a investigação recente apresente um quadro mais complexo da adaptação a diversos habitats. Para esclarecer esta complexidade, a investigação centra-se no Rifte Albertino no Uganda. Esta área é um ponto central de biodiversidade, situa-se no cruzamento das florestas tropicais da África Central e das savanas da África Oriental, proporcionando um cenário único para o estudo dos primeiros passos da evolução humana.

Utilizando técnicas de ponta, como a deteção remota, levantamentos sistemáticos e escavações, esta equipa internacional, composta por investigadores do Uganda, Portugal, Espanha, Reino Unido e EUA, procurará novos sítios arqueológicos no Rifte Albertino, uma área pouco estudada em comparação com os mais conhecidos vales do Rifte da África Oriental e África Austral.

Ao fazê-lo, o WRAP tem como objetivo revelar como e quando os primeiros hominíneos viveram, se adaptaram e prosperaram nesta região ecologicamente rica. Em última análise, os resultados alargarão o âmbito da investigação evolutiva e desafiarão ideias antigas sobre os ambientes que moldaram a adaptabilidade humana.

Para Tomos Proffitt, «é uma grande honra receber uma Bolsa Consolidator do ERC».

Este apoio, explica, «permitir-nos-á investigar em profundidade e compreender melhor esta região potencialmente crucial na história da humanidade, bem como estabelecer uma investigação a longo prazo nesta região pouco estudada».

Natural do Reino Unido, e com experiência em algumas das instituições mais prestigiadas do mundo, foi recrutado pelo ICArEHB, em 2023, atraído «pela liberdade académica e pela qualidade da equipa de investigação».

Esta é a sexta bolsa ERC atribuída ao ICArEHB em menos de quatro anos, evidenciando a capacidade das instituições de investigação portuguesas e algarvias para atrair talentos nacionais e internacionais e contribuir para a ciência e inovação a nível global.

Para o ICArEHB, este é o terceiro projeto ERC focado na evolução humana em África, complementando os inúmeros projetos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), National Geographic Society, e pelas Fundações Leakey e Wenner-Gren. Este feito reafirma o papel de liderança do ICArEHB em desvendar a história da nossa espécie, através de investigação inovadora, enquanto promove a capacitação de conhecimento para museus, estudantes e investigadores em todo o continente africano.

 

 

 



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