O Bispo do Algarve apela, na sua mensagem de Natal, a que todos possam acolher Cristo como sinal «de luz e esperança».
D. Manuel Neto Quintas pede, a todos os algarvios, que se cultivem e assumam «sentimentos, valores e atitudes que espelhem o que é verdadeiramente essencial na nossa vida pessoal, familiar, profissional» e que possam acolher «sem reservas, a luz e a esperança, como dons que, com o menino-Deus, a todos nos são oferecidos».
O Bispo relembra que a situação de equilíbrio precário que atravessa o mundo, com muitos conflitos e situações delicadas, nos deve levar a «testemunhar, de modo credível e atraente, uma fé firme, uma esperança alegre e uma caridade generosa», oferecendo «a todos um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, sabendo que, no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se semente fecunda de luz, de alegria e de paz, para quem a semeia e para quem a recebe».
«A celebração do Natal proporciona-nos a oportunidade de acolher a esperança genuína, que não se confunde com uma simples expetativa de tempos melhores», acrescenta.
O prelado algarvio recorda, nesta mensagem, algumas iniciativas que contribuem, precisamente, para que se viva este espírito de fraternidade. É o caso da entrega, feita pelos elementos do Corpo Nacional de Escutas (CNE), da Luz de Belém, nas diversas paróquias algarvias. Este ano, a Junta Regional do CNE assumiu a tarefa de se deslocar a Viena de Áustria, local onde chega, vinda da Basílica da Natividade, em Belém, esta luz, que simboliza a paz e a irmandade que une todos os homens.
«Exigente pela distância que, em pouco tempo, foi necessário percorrer, gratificante pelo significado e nobreza deste gesto», refere o bispo do Algarve, o momento «foi igualmente gratificante e até mesmo comovente».
Quem também se associa a esta iniciativa é a Cáritas, com a proposta “dez milhões de estrelas”, assim como a Conferência Episcopal Portuguesa, que, explica D. Manuel Neto Quintas, procurará apoiar, «com o ofertório de um domingo desta quadra natalícia, realizado em cada diocese, as comunidades cristãs da Terra Santa, que continuam a enfrentar dificuldades de toda ordem, motivadas pela guerra que, infelizmente, persiste em continuar com as suas nefastas e conhecidas consequências».
O Bispo do Algarve apela, ainda, a todos os fiéis algarvios, que se associem às celebrações do Jubileu de 2025, que será inaugurado, em Roma, na noite de Natal, pelo Papa Francisco.