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Um concerto com música do Barroco italiano, o segredo do Porquinho Doce e o tesouro do Museu Botânico marcam o último fim de semana da temporada de 2024 do Festival Terras sem Sombra, que terá lugar em Beja.

No ano em que dedica a sua temporada musical ao tema «“Liberdade, Quem a Tem Chama-lhe Sua”: Autonomia, Independência e Liberdade na Música (séculos XII/XXI)», o concerto de encerramento, marcado para as 21h30 de sábado, no Teatro Municipal Pax Julia, «evoca amplos horizontes criativos, tirando partido das ilimitadas possibilidades expressivas dos instrumentos de corda para o repertório do Barroco italiano».

Obras-primas de Vivaldi, Tartini, Viotti e Paganini dão o mote a um momento dedicado à «Grande Música», corolário de um ano que tem a Itália, essa extraordinária «Pátria Lírica», como País Convidado do festival.

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O programa é completado, na tarde de sábado, com o desvendar dos segredos do «Porquinho Doce», referência da doçaria conventual bejense, com o convite aos participantes na atividade a confecionarem o pitéu.

A ação de salvaguarda da biodiversidade, na manhã de domingo, é endereçada a um polo de cultura científica, o Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja.

 

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Uma noite em busca da perfeição

Na noite de 23 de Novembro (21h30), sábado, a viagem musical propõe um percurso de três séculos (XVII-XIX), ao encontro de nomes maiores da criação artística: Antonio Vivaldi, Giuseppe Tartini, Giovanni Battista Viotti e Niccolò Paganini.

Será um caminho pela história da música italiana, trilhado no Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, num concerto em que atua o ensemble italiano Camerata Ducale, sob a direção musical do maestro e violinista solista Guido Rimonda, figura de proa da música europeia dos nossos dias.

«Em Busca da Perfeição: Obras-Primas de Vivaldi, Tartini, Viotti e Paganini» leva a palco um agrupamento, fundado em 1992, que tem a particularidade de ser a primeira formação musical especialmente dedicada à obra de Giovanni Battista Viotti e se encontra sediada no Teatro Cívico de Vercelli, jóia da arquitetura e da acústica.

A Camerata Ducale é, desde 1996, a orquestra residente do Viotti Festival, que constitui a temporada de concertos de Vercelli, muito aclamada pelo público – que aflui em massa, para a escutar, por ocasião do calendário próprio, nesta cidade do Piemonte – e pela crítica.

Presença assídua nas mais prestigiadas temporadas de concertos, o ensemble já realizou inúmeras digressões internacionais, com destaque para os seus concertos em França, Japão, Suécia, Guatemala, Estados Unidos, Bahrein, Geórgia e África do Sul.

Da ampla discografia editada, sobressaem Libertango in Tokyo, com Richard Galliano, e o Projeto Viotti, ambiciosa iniciativa discográfica formada por 15 CDs, que tem vindo a gravar, para a Decca Universal, com Guido Rimonda.

O maestro Rimonda estreou-se aos 13 anos, na série televisiva da RAI Per Antonio Vivaldi, onde interpretou o jovem Vivaldi.

Durante os estudos no Conservatório de Turim, ficou fascinado pela figura de Giovanni Battista Viotti e, após a especialização na classe de Corrado Romano, em Genebra, dedicou-se à divulgação e valorização das obras deste célebre compositor piemontês.

Em 1992, fundou a Camerata Ducale, e seis anos depois, em 1998, criou o Viotti Festival, do qual é diretor musical. Em 2022, foi nomeado Presidente da Fundação Viotti.

É presença assídua em importantes salas de concerto em Itália e no estrangeiro e conta com mais de mil concertos como violinista solista e maestro. Em 2010, foi-lhe atribuído o título de Cavaleiro da República Italiana por mérito artístico.

 

Sul Informação

 

Desvendar um segredo da tradição conventual: O «Porquinho Doce» de Beja

A tarde de sábado, 23 de Novembro (15h00), convida a uma visita revestida de doçura, sabores e saberes tradicionais.

Sobre o tema «Descobrir um Segredo Bem Guardado: O “Porquinho Doce” de Beja», a atividade, com ponto de encontro no Museu Rainha D. Leonor, convida à descoberta de um doce de amêndoa, preparado em forma de porco, deitado de lado sobre um guardanapo de papel rendado. Não raro, o «Porquinho Doce» também figura na forma de uma porca a amamentar os leitões.

A ação, guiada por António Leandro (presidente da Cooperativa Luiz da Rocha – Os Trabalhadores Unidos) e por José António Falcão (historiador de Arte, especializado no estudo da Beja da época barroca), percorre os meandros da história deste doce alentejano, fabricado com massapão corado de castanho, chocolate, e recheado com doce de ovos, doce de gila e fios de ovos. Acrescentam-se duas contas de vidro no local dos olhos e pode enfeitar-se, no dorso, com folhas de azinheira feitas de chocolate e com frases alusivas ao que se deseja festejar.

Acresce o inventário de Produtos Tradicionais Portugueses que, «sendo o porco o animal que entra primordialmente na alimentação das populações alentejanas e sendo a época do Natal, por excelência, a das matanças, começou há muitos anos a ser fabricado numa pastelaria de Beja um doce de Natal com a forma de um porco».

Rematando, a propósito de uma desaparecida casa religiosa de Évora: «Este doce foi também descrito como um “mimo” do Convento do Paraíso».

No decorrer da atividade, os participantes têm a oportunidade de lançar mãos à confeção desta obra-prima da doçaria regional.

 

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Tesouros do mundo vegetal representados no Museu Botânico de Beja

Centro de cultura científica, vocacionado para a apresentação de exposições temporárias que ilustram a relação milenar estabelecida entre o Homem e as Plantas, o Museu Botânico de Beja ocupa a ação programada para a manhã de domingo, dia 24 (9h30).

Será uma visita com ponto de encontro no Campus do Instituto Politécnico de Beja (Edifício da Escola Superior Agrária) e que convida a percorrer um polo de conhecimento vocacionado para o estudo de artefactos manufaturados a partir de plantas, matérias-primas vegetais e objetos naturais.

Tendo como tema «Tesouro na Cidade: O Museu Botânico de Beja», a atividade é guiada por Luís Mendonça de Carvalho (diretor do Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja e professor titular da Cátedra UNESCO em Etnobotânica).

O Museu Botânico foi inaugurado em 2002, embora a história das suas coleções remonte à década de 1990, quando se começou a reunir um conjunto de objetos naturais, matérias-primas de origem vegetal e artefactos (mormente no âmbito da Etnobotânica), como forma de ilustrar as aulas.

As exposições desenvolvidas no museu aportam sempre uma matriz etnobotânica, ou seja, procuram apresentar o resultado da interação cultural entre os humanos e as plantas em diferentes contextos culturais e geográficos.

No acervo da instituição encontram-se objetos singulares e substâncias essenciais à fabricação de produtos, entre outros, uma camisa tecida com fibras das folhas do ananaseiro, incenso verde de Omã, bálsamo de Gileade, caixas de âmbar e colares de azeviche.

Desde a sua criação até ao presente, este núcleo museológico já organizou mais de 50 exposições temporárias, entre elas, «Uma História Botânica do RMS Titanic», «Agatha Christie e as Plantas», «O Triângulo Perfeito (Plantas-Humanos-Insetos)» e «Ana da Bretanha e o Alentejo», e é um marco no sector.

O ciclo de atividades neste concelho realiza-se em parceria com o Município de Beja, o Instituto Italiano de Cultura, de Lisboa, e o Comitato Nazionale Italiano di Musica, de Roma. O Festival conta com o apoio mecenático da Fundação ”La Caixa”.

Para saber mais sobre o Festival Terras sem Sombra.

 

 

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