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O Festival Terras sem Sombra vai passar este fim de semana, 2 e 3 de Novembro, em Montemor-o-Novo, com um concerto de um ensemble espanhol, um passeio por São Cristóvão e uma ida ao Castelo de Montemor-o-Novo. 

A tarde de sábado, 2 de Novembro (15h00), convida a alongar o olhar para além da sede de concelho e a enveredar por caminhos patrimoniais, numa iniciativa sob o título “Nas Elevações e Plainos de Montemor: a Freguesia de São Cristóvão”.

Com ponto de encontro na Junta de Freguesia de São Cristóvão, a atividade guiada por Manuela Mendonça (natural da localidade, professora da Universidade de Lisboa e presidente da Academia Portuguesa da História)​ convida a uma viagem no tempo, às origens desta freguesia, ainda na Idade Média, quando nasceu como uma pequena povoação rural.

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«A aldeia, fiel à sua identidade, rodeada de montados de sobro e olivais, casario alvo, debruado a barras coloridas, preserva com assinalável esmero a igreja paroquial, onde pontifica a imagem do santo padroeiro. Sobressaem aqui a simplicidade e beleza da arquitetura religiosa alentejana, complemento da arte tradicional que marca outros edifícios da terra, de marcado caráter vernáculo», diz a organização.

A freguesia sobressai também no contexto do património do megalitismo norte-alentejano, com o importante Conjunto Megalítico do Tojal (cromeleque com 17 menires de granito, um grande menir in situ, um conjunto de sete sepulturas megalíticas e um povoado do calcolítico).

No que concerne ao momento dedicado à música, a noite de 2 de Novembro (21h30) tem como palco um monumento de referência da arquitetura alentejana.

«A igreja do convento de São Domingos apresenta-se revestida por um notável conjunto de azulejaria de padrão do século XVII, apresentando oito capelas laterais. Este monumento, recuperado pelo Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, proprietário do convento, acolhe o concerto “Coplas Errantes: Leste e Oeste na Música Para Guitarra”, entregue à mestria do ensemble espanhol EntreQuatre, nas quatro guitarras de Seila González, Manuel Paz, Jesús Prieto e Carmen Cuello», diz o Festival Terras sem Sombra.

A manhã de 3 de Novembro, domingo (9h30), reserva uma ação de Salvaguarda da Biodiversidade, num contexto singular, ao território entremuros de uma fortificação.

Sob o tema “​De Território Urbano a Zona Agricultada e Espaço de Lazer: O Castelo de Montemor-o-Novo”, e com ponto de encontro no Castelo, a ​atividade guiada por António Mira (professor catedrático da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora) leva os participantes a conhecerem um edificado com posição dominante sobre o outeiro mais alto da região.

O castelo de Montemor-o-Novo, estrutura que abrange as muralhas e os imóveis que se encontram dentro delas, classificado como monumento nacional desde 1951, tem origens que remontam à ocupação romana e foi reforçado durante a época islâmica. Antigo bastião militar, viria a perder relevância no século XVI. Declinou, então e, ao abrigo das suas muralhas, floresceram práticas agrícolas ao serviço da subsistência local. Ali se desenhou uma paisagem cultural e agrícola diversificada, urdida entre o urbano e o rural. Hoje, o extensíssimo âmago da fortaleza, abriga um património natural de assinalável valor, digno de conhecimento e de salvaguarda.

A 9 e 10 de Novembro, o Festival Terras sem Sombra rumará ao concelho de Arronches para apresentar um momento musical absolutamente singular. Sob o título “No Regresso de Magalhães: Diálogos Inéditos Entre as Filipinas e a Península Ibérica”, um grupo de quatro dezenas de cantores filipinos sobe ao palco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção.

 

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