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A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) decidiu hoje «endurecer a luta» contra as políticas do Governo para a saúde e vai reunir-se com os sindicatos das restantes classes profissionais do setor para definir um plano com esse objetivo.

«Nós acreditamos que todo o setor da saúde tem de se unir para fazer frente a estas políticas desastrosas que têm sido praticadas pelo Ministério da Saúde de Ana Paula Martins que, no fundo, está apenas a encetar negociações de fachada com todo o setor», adiantou à Lusa a presidente da federação.

Esta foi uma das deliberações do Conselho Nacional da Fnam que se reuniu hoje em Coimbra para analisar o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também a proposta de Orçamento do Estado para 2025 que o Governo entregou na quinta-feira no parlamento.

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«Vamos iniciar um esforço para desenhar toda essa luta conjunta», adiantou Joana Bordalo e Sá, ao salientar que a decisão de escalar as formas de luta foi decidida por unanimidade no Conselho Nacional.

Segundo disse, os médicos manifestaram-se «completamente dispostos a endurecer a luta num esforço com o resto dos profissionais», caso dos enfermeiros, dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, dos psicólogos, dos farmacêuticos e dos nutricionistas, entre outros.

«Nós precisamos de médicos, mas é todo o setor da saúde que está prejudicado com este tipo de políticas que tem sido aplicado pelo Ministério da Saúde», alertou Joana Bordalo e Sá, para quem a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano é «completamente vazia» em medidas para reforçar os recursos humanos no SNS.

A dirigente sindical adiantou ainda que não está definida a «forma de luta», mas admitiu que a possibilidade de uma greve nacional de todas as classes profissionais do serviço público de saúde «está em cima da mesa».

A proposta do Orçamento do Estado para 2025 prevê que a despesa com pessoal do SNS aumente cerca de 425 milhões de euros no próximo ano, totalizando 7,09 mil milhões de euros (+6,4%).

No global, a Saúde vai dispor no próximo de ano de mais de 16,8 mil milhões de euros, com a dotação orçamental essencialmente repartida por despesas com pessoal (41,8%) e aquisição de bens e serviços (49,6%), que inclui as compras de medicamentos, os meios complementares de diagnóstico e terapêutica e as parcerias público-privadas.

O Conselho Nacional decidiu também, segundo Joana Bordalo e Sá, exigir ao Ministério da Saúde que volte às negociações com a estrutura sindical, tendo em conta que «representa uma grande fatia dos médicos sindicalizados no SNS».

A Fnam pretende negociar com o Governo a possibilidade de os médicos voltarem à dedicação exclusiva, de forma opcional e majorada, a reposição das 35 horas de trabalho semanais e a integração na carreira médica dos internos (em formação da especialidade que escolheram).

«Sendo nós uma estrutura com tanta representatividade, o Ministério da Saúde de Ana Paula Martins não tem outra solução se não a de reunir com a Fnam», salientou Joana Bordalo e Sá.

 



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