O contrato da obra de requalificação e ampliação da Escola Básica Integrada de Ferreiras, em Albufeira, uma obra financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência que irá aumentar em muito a capacidade de acolhimento deste estabelecimento de ensino, foi assinado no dia 3 de Outubro.
Segundo a Câmara de Albufeira, esta empreitada, que custará cerca de 4,9 milhões de euros e tem um prazo de execução de 545 dias, permitirá aumentar a capacidade do estabelecimento de ensino de 630 alunos para 1044 (288 para o 1º ciclo e 756 para o 2º e 3º ciclo).
A intervenção que será feita na Escola Básica Integrada de Ferreiras «tem por objetivo melhorar e expandir, a diversos níveis, um estabelecimento escolar com vários anos de existência, que integra o 1º, 2º e 3º ciclo e, ainda, uma unidade de autismo, com necessidades específicas», acrescenta a autarquia.
Na impossibilidade de ampliar o equipamento de ensino para fora do recinto escolar, a autarquia optou por construir um novo edifício, que envolve o já existente, no extremo norte do recinto, «com vista a melhorar as condições do serviço pedagógico prestado à comunidade educativa, resolvendo os constrangimentos existentes, com impacto significativo ao nível do processo de ensino e de aprendizagem e que, simultaneamente, contribui para valorizar e dignificar o parque escolar» do concelho.
«A freguesia de Ferreiras está em franco crescimento populacional, sendo que as atuais instalações da escola já não respondem às necessidades da comunidade educativa, pelo que consideramos urgente a presente intervenção», enquadra José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira.
O autarca refere ainda que «a obra visa melhorar e ampliar o estabelecimento escolar, aumentar a qualidade dos espaços através de uma abordagem inovadora, aumentar a eficiência energética do edifício e criar áreas de partilha com a comunidade exterior».
Atualmente, diz a autarquia, «a capacidade da Escola Básica Integrada de Ferreiras encontra-se esgotada, havendo a necessidade urgente de mais salas para a componente letiva e espaços diferenciados, sendo que até à presente data, a solução encontrada passou por recorrer a contentores para fazer face às carências sentidas, o que tem gerado múltiplos problemas de funcionamento no referido estabelecimento escolar».
José Carlos Rolo frisa que «a solução, considerada provisória, não consegue dar resposta efetiva e de qualidade ao serviço prestado aos alunos, professores, educadores e pessoal auxiliar face aos padrões exigidos para os equipamentos escolares», o que levou a Câmara a abrir um concurso público destinado à execução das obras de requalificação e ampliação da escola.
«A transferência de competências do Governo para as autarquias na área da educação implica uma responsabilidade acrescida para o Município”, quer no que respeita à construção e manutenção dos equipamentos escolares quer ao nível da promoção de uma resposta qualitativa de integração e inclusão social e territorial.
Após concluída a obra, a Escola Básica Integrada de Ferreiras irá ficar com um total de 5 blocos: Bloco A (Edifício da EB2,3); Bloco B (bloco novo); Bloco C (não contemplado na candidatura PRR); Bloco D (não contemplado na candidatura PRR); Bloco E (Pavilhão Desportivo) e espaços exteriores com adequada intervenção paisagística.
Ao nível do Bloco A, já existente, «a intervenção contempla alterações pontuais, mantendo-se no piso térreo a sua distribuição funcional. O refeitório irá ser ampliado, ficando com uma capacidade para 284 lugares. No piso superior há a destacar a utilização do antigo auditório como Sala de Aula, bem como a adaptação do atual espaço da biblioteca para duas salas de aula normais e um gabinete. A Área de Convívio do Aluno vai sofrer uma pequena adaptação para ficar protegida da chuva,« o que torna o espaço mais convidativo, polivalente e integrador». Este edifício já se encontra dotado de uma plataforma elevatória nas escadas, que irá ser mantida.
Mas o grande foco desta intervenção será o novo Bloco B, «que “abraça” o edifício existente na zona da Cantina e Espaço de Convívio, com uma entrada autónoma para permitir e fomentar a abertura da escola à comunidade».
«O edifício é constituído por 3 pisos: piso -1 que acolhe os espaços de apoio ao Auditório; Camarins e Arrumos; piso 0 que integra o Átrio de acolhimento e Receção; Auditório para 150 lugares, mais 4 lugares para pessoas com mobilidade condicionada; espaços de apoio; Zona técnica; Laboratório; Sala de Ciências e Instalações Sanitárias Adaptadas e piso 1, onde estão localizados um Laboratório, Sala de Música; Sala de Informática; 4 Salas de Aulas normais; Sala para pequenos grupos; Biblioteca; Instalações Sanitárias Adaptadas e Arrumos. O bloco dispõe, também, de uma zona exterior coberta, junto à sala de convívio, que permite que os alunos usufruam do espaço com condições de conforto e segurança», resume a autarquia de Albufeira.
No Bloco C (edifício já existente da EB1) «não será efetuada qualquer intervenção a nível do espaço físico, estando apenas previsto que duas das salas de aula, localizadas no piso térreo, na proximidade da unidade de autismo fiquem afetas à referida valência. Assim, o bloco C ficará a dispor de 8 salas de aula destinadas ao 1º ciclo e 3 salas dedicadas ao ensino especial».
Bloco D – Edifício novo da EB1, localizado ao nível do piso superior do bloco C, «visa colmatar a falta de espaços letivos, através da criação de mais quatro salas de aula, instalações sanitárias e sala de apoio. Este bloco é constituído por 2 pisos: piso 0 que integra 2 salas de aula normais e instalações sanitárias adaptadas e piso 1 que acolhe mais 2 salas de aula normais e 1 sala de apoio.
O Bloco E destina-se ao Pavilhão Desportivo, «sendo que a intervenção consistirá, apenas, na substituição do piso desportivo da nave principal».
Os espaços exteriores serão sujeitos a uma intervenção paisagística «que tem por objetivo valorizar e dignificar o recinto escolar».
Toda a envolvente às zonas edificadas irá ser dotada de zonas de estadia e percursos pedonais acessíveis, agradáveis e convidativos à permanência dos alunos e de outros utilizadores. Por outro lado, irão ser criados espaços polivalentes, que garantam autonomia, segurança e conforto e que estimulem a aprendizagem e a sociabilidade», concluiu a Câmara.