Alexandre Pereira, deputado do PAN Olhão, defendeu hoje que «num concelho que se estende por cerca de 130 quilómetros quadrados», é «incompreensível a ausência de uma solução que permita a continuidade» da Feira de São Miguel.
«A Feira de São Miguel, como é atualmente conhecida, é um evento histórico e centenário, foi no ano de 1753 que foi concedido o alvará para a realização da Feira Franca nos dias 28, 29 e 30 do mês de Setembro», lê-se na nota desta partido.
O deputado olhanense afirma que «é hora de olhar para o nosso concelho de forma equilibrada e justa, considerando todas as suas freguesias. Alternativas viáveis, como o recinto do mercado e feira de velharias de Quelfes ou o recinto do mercado de Moncarapacho, são zonas que poderiam perfeitamente acolher a Feira de São Miguel, mantendo viva a tradição e distribuindo o desenvolvimento de eventos pelo território. Tive inclusive a oportunidade de abordar este tema com o presidente da União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta que mostrou a sua concordância com esta relocalização».
«A realização de eventos de grande escala, como a Feira de São Miguel ou o Festival do Marisco, na frente ribeirinha ou na zona histórica de Olhão, tem gerado constantes constrangimentos, especialmente durante os meses de verão, com a concentração de atividades e visitantes. A descentralização e relocalização de feiras e eventos importantes permitiria aliviar essa pressão e ao mesmo tempo valorizava outras áreas do concelho», continua.
O partido propôs, na nossa candidatura à Câmara Municipal de Olhão em 2021, a criação de um Parque de Feiras e Exposições, uma infraestrutura que consideram «essencial» para garantir que eventos como a Feira de São Miguel ou Festival do Marisco possam ser realizados de forma adequada e sustentável, «sem causar impacto negativo nas
zonas urbanas mais sensíveis. Esta medida continua a ser uma prioridade, e tudo faremos para que se concretize».
«Hoje, mais do que nunca, é possível inovar, adaptar e reinventar a Feira de São Miguel, mantendo a sua essência e ligação histórica», continua, acrescentando que é possível abrir as portas a artesãos e produtores locais, promovendo o artesanato vivo e as profissões que fazem parte da nossa identidade cultural, «preservando as tradições, mas ao mesmo tempo incorporando elementos contemporâneos que enriqueçam a experiência para todos».