Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
zoomarine

Concertos, espetáculos, performances, instalações, workshops e muito mais. O Festival Futurama arranca esta sexta-feira, 27 de Setembro, em Serpa, mas também passará por Beja e Mértola. Sempre com uma aposta forte nas colaborações tanto entre grupos locais, como com pessoas vindas de fora do Baixo Alentejo. 

Na antecâmara do início da terceira edição deste festival, o Sul Informação falou com Jhon Romão, diretor artístico e programador, que vincou o facto de a «multidisciplinaridade» volta a guiar o Futurama.

Um dos principais destaques será a terceira edição do Cantexto. Trata-se de uma iniciativa em grupos de cante sobem ao palco para interpretar poemas encomendados a escritores.

inframoura

Este ano, os escolhidos foram Rui Cardoso Martins, Alice Neto de Sousa, Afonso Reis Cabral, Maria do Rosário Pedreira, Margarida Vale de Gato e Luís Costa Gomes.

Os poemas foram musicados por Celina da Piedade e Ana Santos e haverá concertos em Serpa e Beja.

De resto, a primeira paragem do festival, em Serpa, promete um arranque marcante com a performance de dança “Para Onde Vamos?”, que junta a coreógrafa e intérprete Filipa Francisco ao músico Nuno Cintrão e aos alunos da turma 10.º B da Escola Secundária de Serpa (27 de Setembro).

Haverá ainda espetáculos da encenadora Joana Craveiro, “Silêncios Persistentes” (dia 27) e “Desver” (dia 28), com produção do Teatro do Vestido, que reúnem dramaturgia, política e ativismo.

A isto junta-se uma arruada, tornada performance e caminhada sonora, nas ruas da cidade raiana, pelo Grupo Folclórico “Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho” e a Orquestra de Percussão Rufar e Bombar.

O percurso terminará no concerto de Cante Alentejano, do projeto Cantexto, com grupos de Beja, Serpa e Alvito (28 de Setembro).

Segue-se Mértola, vila onde cabem num único dia – 5 de Outubro – a experiência interativa entre “Os Espacialistas e os alunos da escola profissional ALSUD, na visita guiada à exposição “Caça-palavras: Caçar, Semear e Falar”, e o concerto imperdível da artista multifacetada Tânia Carvalho com a compositora andaluza Rocío Guzmán.

Ambas vão cruzar culturas, referências, estilos e influências, enriquecendo o diálogo artístico entre Portugal e Espanha, a partir do Baixo Alentejo. E, na primeira parte, contam com a participação de dois grupos de cante locais, o Grupo Coral da Mina de São Domingos e o Grupo Os Caldeireiros de São João.

Beja é a cidade que finaliza em grande o circuito do Futurama deste ano, ao receber um alinhamento robusto, constituído por mais um encontro com o projeto Cantexto (11 de Outubro) e a arruada do Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho e da Orquestra de Percussão Rufar e Bombar (12 de Outubro).

A isto juntam-se os espetáculos “Miquelina e Miguel” – onde o coreógrafo e bailarino Miguel Pereira convida a vivenciar um momento pessoal e emotivo, através da dança com a sua mãe, Miquelina, que sofre de demência (11 de Outubro) – e “Voltar, Voltar” – uma fusão de canto e dança na colaboração entre os renomados compositores e criadores catalães Aurora Bauzà & Pere Jou e o Coro de Câmara de Beja (12 de Outubro).

A capital de distrito oferece ainda uma instalação no espaço público desenvolvida pela artista visual Maria Imaginário com alunos da Escola Secundária Diogo de Gouveia, um workshop de dança dedicado à comunidade cigana e conduzido pela coreógrafa e bailarina Piny (11 e 12 de Outubro) e uma performance participativa dos Embaixadores Futurama, coordenada pela coreógrafa bejense Márcia Lança, que reflete o envolvimento da comunidade e a criação artística conjunta (12 de Outubro).

No último dia e a encerrar o festival, Pedro da Linha propõe um DJ set único entre sonoridades urbanas e lusófonas com o cancioneiro alentejano.

Para Jhon Romão, esta aposta «nas colaborações tanto entre grupos locais, como com pessoas de fora» volta a ser um dos destaques deste Futurama.

Esta será a terceira edição de um festival que, confessa o diretor artístico, tem tentado remar contra a maré no Baixo Alentejo.

«Isto é uma caminhada de resistência como qualquer projeto cultural no Baixo Alentejo, mas estamo-nos sempre a reinventar», concluiu.

No Futurama, a entrada é gratuita e cada pessoa tem a liberdade de comparticipar com o valor que entender por atividade, de forma a tornar a programação o mais acessível e inclusiva possível.

«Aqui, acreditamos que as práticas artísticas são um caminho em constante evolução, e convidamos todas as pessoas a juntarem-se a nós nesta celebração de processos criativos e projetos inéditos na região, que são colheita da paixão, da persistência e da criatividade de artistas e comunidades, absolutamente comprometidos com o presente», remata Jhon Romão.

O Futurama – Ecossistema Cultural e Artístico do Baixo Alentejo é financiado pela Direção Geral das Artes / Ministério da Cultura, Fundação Millennium BCP, Câmara Municipal de Beja, Câmara Municipal de Serpa e Câmara Municipal de Mértola, e conta com o alto patrocínio da Presidência da República.

 

Leia mais um pouco!
 
Uma região forte precisa de uma imprensa forte e, nos dias que correm, a imprensa depende dos seus leitores. Disponibilizamos todos os conteúdos do Sul Infomação gratuitamente, porque acreditamos que não é com barreiras que se aproxima o público do jornalismo responsável e de qualidade. Por isso, o seu contributo é essencial.  
Contribua aqui!

 



municipio de sao bras de alportel
teatro das figuras

Também poderá gostar

Sul Informação - Trilhos Cicláveis da Rota Vicentina estão em destaque na FEI-TUR

Trilhos Cicláveis da Rota Vicentina estão em destaque na FEI-TUR

Sul Informação - Hastear da bandeira, concertos e teatro marcam Dia do Município de Santiago do Cacém

Festa do Livro em Santiago do Cacém dedicada aos valores da multiculturalidade

Sul Informação - Terras sem Sombra ruma a Mourão, entre música do Atlântico, património secular e touros de lide

Terras sem Sombra ruma a Mourão, entre música do Atlântico, património secular e touros de lide