O ministro da Educação, Ciência e Inovação anunciou esta segunda-feira, dia 16, durante a sua visita à Escola Profissional de Odemira, que vão ser contratadas «mais de duas centenas de mediadores culturais e linguísticos» para as escolas de todo o país.
O ministro Fernando Alexandre salientou o «trabalho de integração da população migrante que é feito» na Escola Profissional de Odemira, salientando que, no Agrupamento de Escolas do concelho, 40% dos alunos são de nacionalidade estrangeira.
A Rádio Internacional Odemira (RIO) acompanhou a visita e registou as declarações do ministro sobre a importância do ensino profissional e da integração de migrantes.
Quanto à falta de professores, que o ministro reconheceu ser grave, salientou as medidas que o governo está a tomar para resolver o problema.
A RIO contactou o Agrupamento de Escolas de Odemira e a sua diretora, Sónia Encarnação, fez o ponto da situação nesta abertura do ano letivo.
Segundo esta responsável, na segunda-feira havia ainda 19 professores por colocar, afetando mais de 200 alunos, que não têm professor pelo menos numa disciplina.
No caso dos alunos com necessidades educativas especiais, que totalizam 88, falta ainda colocar três professores.
Há também falta de mediadores culturais e linguísticos, num concelho onde quase metade dos alunos não têm Português como língua materna.
Até agora, o Agrupamento de Escolas tem recorrido aos dois mediadores culturais da Câmara de Odemira, mas a diretora considera que isso é «manifestamente insuficiente» e espera poder contratar mais a tempo inteiro.
Oiça a peça da RIO, com mais declarações do ministro e informações completas sobre a situação do Agrupamento de Escolas de Odemira neste início do ano letivo:
Artigo publicado no âmbito da parceria entre o Sul Informação e a Rádio Internacional Odemira (RIO)
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