Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility
emarp

O Salema Eco Camp, situado em Budens, em Vila do Bispo, avançou com um projeto de compostagem de biorresíduos para conseguir atingir o objetivo de se tornar Zero Waste (Zero Desperdício).

Ao avançar com este «projeto de sustentabilidade inovador», este parque de campismo pretende mostrar «que existe uma alternativa ao paradigma atual da gestão de resíduos, numa região com muita pressão turística», segundo os seus responsáveis.

Criado nos anos 80, «a conservação da Natureza faz parte do ADN do espaço» desde a sua fundação, «uma vez que o mesmo se situa em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina».

Banner lateral albufeira

«Em 2023, a sustentabilidade e a regeneração tornaram-se ainda mais centrais no dia-a-dia e no compromisso da empresa, envolvendo os trabalhadores e clientes em todo o processo. Em 2024, assinaram um acordo para se tornar uma empresa hoteleira Zero Waste, começando pela preparação de um plano de Zero Resíduos ambicioso e faseado, com o apoio e mentoria da associação ZERO, prevendo uma série de medidas a implementar ao longo do ano, desde a melhora da separação na origem dos resíduos recicláveis e biorresíduos, até às iniciativas de prevenção e reutilização», explica o Salema Eco Camp.

Os responsáveis pelo parque começaram por caraterizar os resíduos indiferenciados, «dividindo por categorias e pesando cada uma delas (embalagens de papel/cartão, plástico/metal, vidro, têxteis e calçados, resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, biorresíduos, resíduos dos WC e outros), tendo-se chegado à conclusão de que a separação efetuada estava aquém do desejado».

«Isto é, embora os resíduos indiferenciados gerados na operação do serviço turístico sejam, em média, inferiores aos valores recolhidos pelos municípios, este valor estava ainda afastado das metas europeias de reciclagem e reutilização de 55% para o ano de 2025».

Numa segunda fase, a equipa de Sustentabilidade&Regeneração do Salema Eco Camp, apoiada pela ZERO, «realizou uma extensa campanha de pesagem e caraterização das frações recolhidas, permitindo estimar o total produzido por dia em cerca de meia tonelada. Até ao fim do ano, serão disponibilizadas ainda mais opções de separação de resíduos para dar resposta ao tipo de resíduos encontrados na caracterização que foi realizada».

 

Sul Informação

 

Numa análise que foi feita, chegou-se à conclusão que são os biorresíduos aqueles que têm maior peso (> 40%), «resultante das preparações e sobras das refeições dos clientes nos vários tipos de estadia em alojamento, glamping, caravanismo ou campismo. Existe ainda uma importante fração de biorresíduos produzidos na cozinha do restaurante».

«Para evitar que estes sejam encaminhados para aterro, a equipa do Salema Eco Camp optou por desenvolver uma estratégia de valorização local da matéria orgânica com a instalação de várias unidades de compostagem para gerar composto e utilizar no próprio parque nas ações de plantação e regeneração, devolvendo assim os nutrientes à terra. Estas unidades de compostagem, em funcionamento já desde dia 7 Agosto, servem para absorver a totalidade dos restos alimentares da cozinha restaurante-bar Nazari e vão abranger progressivamente as várias áreas de alojamento, onde os clientes podem também aderir à separação», descreve o Eco Camp.

A melhoria da sinalização e rotulagem dos contentores existentes «irá igualmente contribuir para melhorar as quantidades de resíduos separados na origem, garantindo um menor grau de contaminação e maior qualidade do composto obtido».

Também será feita uma aposta na sensibilização dos clientes do campismo sobre as questões ambientais.

«A zona central do parque, onde os clientes devem obrigatoriamente passar para aceder às instalações, está equipada com contentores para as três frações mais comuns de reciclagem e podem facilmente aceder a outros serviços, como a loja de produtos biológicos ou com selo ecológico ou o “sharing spot”, que é um local de trocas onde se pode levar ou deixar itens em bom estado (livros, brinquedos, roupa, etc.)».

No restaurante-bar, «a equipa do Salema tem aplicado uma metodologia de cálculo da pegada carbónica dos alimentos às refeições da ementa, dando ao cliente a possibilidade de considerar também o impacto ambiental dos alimentos nas suas escolhas alimentares, sempre garantindo variedade na seleção de produtos e os princípios de uma alimentação equilibrada e saudável».

O Salema Eco Camp está igualmente a finalizar o projeto de reciclagem de água através de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), associada a um sistema de irrigação.

 

 

 

 



jf-quarteira

Também poderá gostar

Barragem_Albufeira da Barragem de Santa Clara, 29 março 25_foto aurelio cabrita_1

Estratégia “Água que Une”é «uma ‘wishlist’ do agronegócio», diz a ZERO

Marinha coordena resgate a noroeste de Sagres

Jovem filipino com sintomas de apendicite resgatado de navio ao largo de Sagres

buscas por praticante de parapente desaparecido em Vila do Bispo copy

Encontrado corpo na praia da Figueira, pode ser praticante de parapente desaparecido