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Este mês já conseguimos ver alguns planetas a horas “decentes”. Vénus está visível ao anoitecer – é aquela “estrela da tarde” que se vê logo depois do pôr-do-Sol, baixa no horizonte, virada a Oeste.

Já Saturno começa o mês a nascer por volta das 22h30, mas no dia 31 já se vê, virado a Este, logo a seguir ao Sol se pôr.

Júpiter e Marte continuam a ser visíveis apenas de madrugada, mas os seus movimentos aparentes são bem diferentes, com os dois planetas a cruzarem-se.

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No início do mês, Júpiter nasce por volta das 02h30, mas, no final, já se vê por volta das 00h45.

Quanto a Marte, no início do mês nasce antes de Júpiter, por volta das 02h00, mas no dia 31 já nasce depois, por volta das 01h15.

 

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E para começar o mês, nada como uma Lua também a começar – no dia 4, o nosso satélite natural atinge a fase de lua nova. Apenas um dia depois, um finíssimo crescente da Lua passa a menos de 2 graus de Vénus, logo a seguir ao pôr-do-Sol.

No entanto, não terão muito tempo para os observar, porque apesar do Sol passar abaixo do horizonte por volta das 20h45, o par Lua/Vénus desaparece por volta das 21h30.

No dia 12, ocorre o pico da “chuva” de meteoros das Perseidas. Estas ocorrem quando a Terra passa pelo rasto de poeiras deixado pela passagem do cometa Swift-Tuttle, que tem um núcleo de 26 quilómetros de diâmetro (por comparação, o meteorito que terá provocado a extinção dos dinossauros teria “apenas” 12 km).

Este cometa, que tem uma órbita de cerca de 133 anos, passou perto da Terra em 1992 e voltará em 2126.

Este não é o melhor ano para observar as Perseidas, pois o pico desta “chuva” está previsto ocorrer durante o dia. No entanto, a Lua põe-se mais ou menos na mesma altura que o radiante (ponto de onde parecem emanar os meteoros), a constelação de Perseu, está a nascer, e o número de meteoros tem um aumento gradual até ao máximo.

Por isso, na noite de 11 para 12, virem-se para Este depois das 23h30 e fiquem a olhar para cima, a ver os meteoros passar.

 

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No dia 15, os planetas Marte e Júpiter vão cruzar-se no céu. Estes nascem por volta da 01h45 e estarão separados por apenas 20 minutos de arco – esta separação corresponde mais ou menos à espessura de duas moedas de 20 cêntimos, à distância de um braço estendido. Depois são observáveis até ao amanhecer, por volta das 06h30.

A 19 é noite de lua cheia e dois dias depois, no dia 21, poderão observar uma ocultação de Saturno pela Lua. O nosso satélite começa a tapar o planeta por volta das 04h11 em Faro, 04h13 em Coimbra, por volta das 4h14 no Porto e 04h16 em Bragança.

Na Madeira começa por volta das 03h49, enquanto nos Açores, depende do grupo: começa entre as 02h55 (hora local) em Santa Maria e as 03h02 nas Flores. A ocultação dura cerca de 1h10min, com o planeta a reaparecer do lado oposto, por exemplo no Porto, por volta das 5h19.

Dia 26, a Lua atinge o quarto minguante. O nosso satélite passa a cerca de 6 graus de Júpiter no dia 27 e a 4 graus de Marte no dia 28.

Boas observações e se for caso disso, boas férias!

 

Autor: Ricardo Cardoso Reis (Planetário do Porto e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço)

 

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