A «famosa estatueta africana do Nkisi», que se destaca no acervo do Museu Municipal de Faro (MMF), mas também outras «brilhantes peças» do espólio deste espaço cultural, dão vida à exposição “Sagrado e Profano nas coleções do Museu”, que está patente desde dia 15 de Agosto.
A mostra foi inaugurada no mesmo dia em que o museu reabriu, após meses encerrado para uma intervenção de fundo que tornou o MMF um espaço 100% acessível, graças à instalação de diversas rampas, de um elevador e de um pavimento novo e mais confortável.
Nesta nova exposição, o público terá a oportunidade de ver «algumas das mais brilhantes peças do acervo do museu», dentro «do universo temático das religiosidades e questões de fé».
Em declarações ao Sul Informação, à margem da reabertura do museu, Marco Lopes, diretor do MMF, explicou que esta é uma exposição muito diversificada, com peças de topo, que são muito requisitadas para empréstimo, para integrar outras exposições, quer no território nacional, quer fora de portas».
«Será uma exposição que tem desde ídolos pré-históricos, alabastros medievais ingleses e até a famosa estatueta do Nkisi», doada ao museu em 1917 por João de Sousa Viegas e associada a poderes espirituais.
«Nós retirámos [estas peças] das nossas reservas e procurámos dar aqui esse fio condutor. Portanto, vamos ter o privilégio de ter aqui essa exposição», acrescentou.
No mesmo dia, foi inaugurada outra mostra, a exposição de fotografia “Vinte e Cinco Palavras ou Menos”, de Luís Palma, «com a qual vamos retomar o ciclo “Reset”, que temos organizado em conjunto com a Artadentro e que, naturalmente, foi interrompido com as obras».
Outra «importante exposição» é a mostra “Retratos Românticos”, inaugurada a 17 de Agosto, que reúne cerca de 50 peças, cujo mote principal é um novo olhar sobre os valores da sociedade e dos comportamentos morais, à luz da arte, provenientes «de duas coleções particulares».
«Temos das melhores obras de retratos dos finais do século XVIII e início do século XIX, para que as pessoas percebam o que é que é isto do romantismo e que valores é que o romantismo representa», revelou Marco Lopes.
Em Setembro, será inaugurada a exposição “Parque de Diversão”, da coleção do Luís Negrão e família.
No Dia da Cidade de Faro, que se assinala a 7 de Setembro, abrirá ainda, na galeria municipal Trem, uma exposição do Samuel Rama, «com a curadoria e com o apoio do Gonçalo M. Tavares».
«Isto é o que está previsto até final de 2024. Em 2025, temos previstas várias exposições e, levantando aqui um pouco o véu, há uma que será mais exigente e, talvez, a principal exposição do ano, que será com obras do Nadir Afonso», antecipou o diretor do Museu Municipal de Faro.
Nesta mostra, que deverá ser inaugurada em Janeiro, serão «reunidas cerca de 100 obras, provenientes das mais diversas tutelas e de diferentes colecionadores».
Quem visitar o Museu Municipal de Faro também pode sempre contar com a sala que alberga o mosaico romano do Deus Oceano, espaço que tem como elemento central este Tesouro Nacional e conta ainda com outras importantes peças do período romano, duas delas igualmente declaradas Tesouro Nacional – e, claro, com a exposições de longa duração.
