O Ministério do Ambiente e Energia deu luz verde à intervenção de aproveitamento do volume morto da Barragem de Odelouca, um investimento de 4,9 milhões de euros, financiado pelo Fundo Ambiental e executado pela Águas do Algarve.
A notícia foi avançada esta quarta-feira, 14 de Agosto, pelo próprio ministério, que frisa que esta é uma intervenção «crucial para garantir a segurança hídrica da região Sul do País, particularmente em períodos de seca».
Numa nota enviada às redações, o ministério salienta que «este projeto está alinhado com o Plano de Eficiência Hídrica do Algarve e com as medidas de combate à seca aprovadas pelo Governo, estando prevista a sua conclusão no final do ano».
Este é um investimento que irá permitir depois um volume de captação de 15 hectómetros cúbicos. O consumo urbano de água no Algarve é de cerca de 75 hectómetros cúbicos por ano.
«A seca é uma realidade cada vez mais presente no Algarve e este projeto representa um passo importante para complementar em situações de emergência o abastecimento de água à população e às atividades económicas da região. Com esta intervenção, estamos a aumentar a resiliência hídrica e a contribuir para a sustentabilidade ambiental», considera Maria da Graça Carvalho.
A intervenção consiste «no rebaixamento do nível mínimo de exploração da Barragem de Odelouca, cujo volume morto estava sobredimensionado».
Na nota, o Ministério do Ambiente explica ainda que «a Águas do Algarve considerou que esse nível tem possibilidade de ser mais baixo, permitindo um volume de captação sem colocar em causa a qualidade da água».
«Este investimento é uma demonstração clara do nosso compromisso em garantir a segurança hídrica do Algarve. Com a captação do volume morto da Barragem de Odelouca, estamos a criar uma resposta resiliente aos desafios da seca, gerindo a água de uma forma sustentável. Este projeto é um exemplo de como podemos conciliar o desenvolvimento económico com a proteção do ambiente», sublinha Maria da Graça Carvalho.