A exposição “A ‘minha’ história da guitarra portuguesa”, que reúne exemplares de José Paulo Maia Costa, «um dos maiores colecionadores deste instrumento em todo o país», vai estar patente na antiga Lota de Portimão entre os dias 7 de Setembro e 7 de Outubro.
A inauguração está marcada para as 20h00 de dia 7 de Setembro e incluiu uma visita guiada à exposição. De seguida, às 21h00, terá lugar um concerto de fado com as atuações de Rita Raimundo, Cremilde e Veríssimo Galhardo, acompanhados por Vítor do Carmo (guitarra portuguesa) e Nuno Martins (viola de fado).
Segundo a Câmara de Portimão, «esta mostra reúne um importante conjunto de guitarras selecionadas do seu acervo pessoal por José Paulo Costa, que orientou muitos dos conteúdos relacionados com os exemplares patentes». Trata-se da atualização, com novas valências, da exposição que teve lugar no Museu de Portimão, em 2012.
«Os visitantes da exposição podem descobrir as formas e os sons da guitarra portuguesa, assim como fruir do espaço como se fosse uma casa de fado, tendo como elemento inspirador a réplica do famoso quadro “O Fado“, criado em 1910 pelo consagrado pintor José Malhoa», acrscentou.
Esta casa de fado improvisada receberá na noite de 8 de Setembro, a partir das 21h30, o primeiro concerto “Há Fado na Lota”, com a presença da fadista Ana Paula Martins, acompanhada pelo músico Custódio Castelo na guitarra portuguesa e por Carlos Garcia na viola de fado.
Sempre a partir das 21h30, e com a participação dos músicos Vítor do Carmo (guitarra) e José Santana (viola), estes momentos de fado prosseguirão com os seguintes fadistas: 14 de Setembro – Helena Candeias; 21 de Setembro – Hélder Coelho; 27 de Setembro – Adriana Marques; 6 de Outubro – Ana Marques.
«O som característico extraído das 12 cordas da guitarra portuguesa foi, certamente, um dos principais motivos para que o fado, considerado a canção nacional, fosse consagrado como Património Imaterial da Humanidade», enquadrou a autarquia.
«Elemento inseparável deste estilo musical, o instrumento tem direito a um especial protagonismo, fruto da sua própria construção, forma e sonoridade, bastante distintas e desenvolvidas ao longo do tempo, por um importante conjunto de mestres guitarreiros, dos quais se destacam, entre outros, os nomes de Álvaro da Silveira e das famílias Grácio e Cardoso. Para além da sua particular e intensa utilização no fado, a guitarra portuguesa possui uma singular individualidade, muito para além dos limites estilísticos da canção nacional, graças à obra de autores como Carlos Paredes ou Pedro Caldeira Cabral», concluiu.
Organizada pelo Museu de Portimão, a exposição conta com os apoios do Museu do Fado, da Paróquia do Amparo, da Taberna de Portimão e da empresa STAP.