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Naquelas três salas, há pão, azeite e vinho. Mas também uma Bíblia, uma Torá, um Corão, lanternas do Ramadão, uma menorá e uma custódia. Com a Feira da Dieta Mediterrânica em mente, a Santa Casa da Misericórdia de Tavira quis fazer uma exposição que mostrasse como há três «alimentos sagrados» que unem cristãos, muçulmanos e judeus. 

“Pão . Azeite . Vinho: Rituais de Fé” é o nome da mostra que foi inaugurada no passado dia 14 de Agosto, na Igreja e Casa Museu da Misericórdia de Tavira, perto da Câmara Municipal.

Alexandra Rufino é técnica superior de Património Cultural da Misericórdia de Tavira e explica o contexto que levou à ideia de criar esta exposição.

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«É comum termos algo na altura da Feira Dieta Mediterrânica. Este ano, pensámos em criar uma exposição com os três alimentos sagrados da Dieta Mediterrânica: o pão, o azeite e o vinho», diz.

Facilmente, conseguiram perceber que esses três elementos eram comuns às «principais religiões do Mediterrânico: o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo».

As três, explica Alexandra Rufino, ainda antes de visitarmos a exposição, «acabaram por ir beber à mesma raiz, usando os mesmos alimentos».

«Até na questão do vinho, que os muçulmanos não bebem, mas as uvas têm um papel importante», acrescenta a responsável.

 

 

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Para montar a exposição, o Património Cultural da Santa Casa Misericórdia de Tavira contou, além das pesquisas históricas, com a «preciosa ajuda de membros» das comunidades tanto muçulmana, como judaica.

«Não podíamos ferir as as comunidades nem as religiões e queríamos ser o mais corretos possível. Acabámos por descobrir, em Albufeira, a Comunidade Judaica do Algarve, na parte muçulmana, tivemos o apoio do Sheik Munir, imã da Mesquita Central de Lisboa, que nos reviu os textos e ajudou», explica Alexandra Rufino.

Entrando pela exposição, somos confrontados, ainda antes das três salas, com toda uma parte «greco-romana», com âncoras e representações politeístas.

Depois, há três salas – cada uma dedicada a uma das religiões -, com o pão tradicional de cada uma das religiões, o vinho (kosher para os judeus, uvas na parte muçulmana), as peças de oração, os livros sagrados (Corão, Bíblia e Torá), gravuras…

Com esta exposição, a Misericórdia de Tavira também quis dar «um sinal de união» religiosa. De respeito. «Ouvimos muito, na inauguração, que somos todos iguais, apesar de termos religiões diferentes», conta Alexandra Rufino.

A mostra ficará patente até 31 de Maio e são muitos os projetos na calha: criar um catálogo, trabalhar com as escolas e promover palestras ou noites interculturais.

«Todo este processo foi desafiante. Na parte do cristianismo, jogávamos em casa; nas outras, tivemos algum medo de pôr o pé em falso, mas tivemos uma grande ajuda», conclui.

 

 

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