Beja foi dos distritos com maior diminuição da vítimas mortais em acidentes rodoviários

Entre Janeiro e Maio

Imagem de Arquivo

O distrito de Beja foi um dos do país onde o número de vítimas mortais nas estradas mais diminuiu nos primeiros cinco meses de 2024, em relação a igual período do ano passado, revela o Relatório de Sinistralidade a 24h e fiscalização rodoviária de Maio, que foi divulgado esta quarta-feira pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Ao todo, morreram, vítimas de acidente rodoviário, 7 pessoas, nas estradas do Baixo Alentejo, entre Janeiro e Maio, quando no período homólogo de 2023 se tinham registado 13 mortes – uma diminuição de uns significativos 46,2%.

Isto apesar de ter havido um crescimento de 7,4% no número de acidentes com vítimas, que aumentaram de 202, em 2023, para 217, nos primeiros cinco meses do ano.

Também o número de feridos, tanto graves como ligeiros, aumentou,

No que toca aos feridos graves, foram mais 16,7% do que no ano anterior, com uma subida de 36 para 42. Os feridos leves registados no distrito de Beja foram, no total, 231, quando em 2023 tinham sido 231, no período em apreço (+2,7%).

A nível nacional, e relativamente ao território continental, «nos primeiros cinco meses de 2024, registaram-se 14.045 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 179 vítimas mortais, 954 feridos graves e 16.332 feridos leves».

Em comparação com os primeiros cinco meses de 2023, «registou-se uma diminuição de 9 vítimas mortais (-4,8%) e de 8,3% no índice de gravidade, que se reduziu de 1,39 para 1,27».

«Contudo, registaram-se mais 514 acidentes (+3,8%), mais 56 feridos graves (+6,2%) e mais 589 feridos leves (+3,7%)», lê-se no relatório, que também salienta que, «em comparação com 2023, observou-se em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes».

«A colisão representou a natureza de acidente mais frequente nos primeiros cinco meses de 2024, correspondendo a 52,8% dos acidentes, 41,3% das vítimas mortais e 45,2% dos feridos graves. Os despistes, que representaram 33% do total de acidentes, foram responsáveis por 44,1% das vítimas mortais».

No período em análise, «o número de vítimas mortais dentro das localidades (100) foi superior ao apurado fora das localidades (79)».

Comparando com 2023, observou-se um aumento das vítimas mortais dentro das localidades (+7,5%). No entanto, «a tendência foi decrescente fora das localidades (-16,8% face a 2023)».

Este relatório também se debruça sobre as infrações.

«Nos primeiros cinco meses de 2024, foram fiscalizados 96,3 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento de 70,7% em relação a 2023. O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) da ANSR registou um aumento de 79,6%. Pelo contrário, a PSP registou uma diminuição de 25,6% e a GNR de 19,6%», lê-se.

«As infrações ascenderam a 366,2 mil, o que representa uma diminuição de 1,9% face ao período homólogo do ano anterior».

Em relação à tipologia de infrações, «70,9% do total registado nos cinco primeiros meses de 2024 foi referente a excesso de velocidade, que registou um aumento de 11,6%».

Nas restantes tipologias de infrações, verificaram-se decréscimos, destacando-se, «além das relativas ao cinto de segurança e da utilização do telemóvel (-47,5% e -34,4%, respetivamente), as relativas à condução sob efeito do álcool (-25,9%)», revela ainda o relatório.

 

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