A quantidade de água armazenada na bacia hidrográfica do Barlavento, que integra apenas a Barragem da Bravura, voltou a descer para valores abaixo dos 20% no final de Julho, enquanto a bacia do Arade, igualmente no Algarve, também reteve menos água.
De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH), a bacia do Barlavento estava no último dia do mês passado a 19% da sua capacidade (20,8% em junho) e a do Arade (que integra as barragens do Arade, Funcho e Odelouca) a 37,8% (40,8 em Junho).
Os dados do SNIRH indicam que, em finais de Julho, a barragem com mais água em todo o Algarve era a de Odelouca (40,2%), seguindo-se Odeleite (38,6%), Funcho (37%), Beliche (31,7%) e finalmente Arade (25,9%). Uma realidade bem longe dos 85,8% de Alqueva, no Alentejo.
Apesar da diminuição de água nestas bacias do Barlavento Algarvio, os armazenamentos de Julho apresentam-se superiores às médias do mês (período de referência 1990/91 A 2022/23), exceto nas bacias do Lima, Mira, Ribeiras do Algarve e Arade, indica o SNIRH.
Os dados mostram ainda que, no fim de Julho, comparativamente com o mês anterior, verificou-se uma descida no volume em todas as bacias hidrográficas monitorizadas.
Se as bacias do Barlavento e do Arade eram as que tinham menos água, as do Mondego, com 85,5%, e Guadiana, com 83,35%, eram as que retinham mais. No caso da bacia do Guadiana, integra as barragens de Odeleite e Beliche (no Algarve) e de Alqueva, já no Alentejo, entre outras.
O último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), referente a Junho, indicava que a situação de seca meteorológica tinha diminuído nesse mês, face ao anterior, apesar de ter surgido uma pequena área em seca severa na região do Sotavento Algarvio junto à fronteira com Espanha.