Ocupações acima de 90% em Agosto e muitos turistas vindos de mercados emergentes, como os Estados Unidos e do Canadá, graças a novas rotas que começaram a operar recentemente. É isto que André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, espera para este Verão, garantindo que tem uma «perspetiva extremamente positiva» em relação ao desempenho do setor turístico, na região.
«As perspetivas são muito boas, tendo em conta o feedback que vamos recebendo da parte das empresas, nomeadamente do setor da hotelaria, com um alto nível de reservas para o mês de Agosto, que permite antecipar ocupações acima dos 90%», revelou ao Sul Informação o mesmo responsável.
«Com base nisso e com base nas estratégias que temos trabalhado de captação de novas rotas para novos mercados emergentes, que estão a arrancar agora, neste período, encaramos o Verão com uma perspetiva extremamente positiva», reforçou.

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, também está otimista, uma vez que, «globalmente, o ano turístico aponta para um crescimento expressivo, quer do ponto de vista do fluxo, quer do ponto de vista da receita».
«O mês de Maio e o acumulado Janeiro a Maio estão na ordem dos 11.8% em termos de receita. Isso significa que o ano está francamente melhor e estamos a falar numa cifra assente no melhor ano até agora, o de 2023, que já ultrapassou o nosso ano de referência, que é 2019», revelou.
No que toca ao Algarve, e depois de um mês de Junho mais “calmo” do que o normal, o governante admite que «há, de facto, alguns sinais, nomeadamente no comportamento do mercado interno, que está ligeiramente abaixo dos valores de 2023, eventualmente compensados com a expetativa que temos em relação aos mercados internacionais».
Entre os fatores que podem «ter causado essa perturbação» está a seca e as medidas que a região se viu obrigada a tomar para poupar água.
Esta «pressão sobre os recursos (…) pode ter criado alguma preocupação entre os consumidores nacionais. O problema, neste momento, está mitigado. Infelizmente, não está resolvido, mas está mitigado».
Não obstante, Pedro Machado acredita «que vamos corrigir e vamos ainda crescer, este ano».